Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Resumen de A fronteira abissal no Oeste do Pará: conflitos geoepistêmicos frente à implantação de grandes projetos espaciais

Rafael Zilio

  • português

    A Amazônia enquanto “fronteira” pode ser entendida através da expansão geográfica do capital materializada na implantação de grandes projetos espaciais como portos, usinas hidrelétricas, estradas e as grandes extensões de terra vinculadas ao agronegócio. Contudo, diversas gentes resistem e existem apesar e mesmo contra tais projetos, seja pela manutenção de seu território, seja pela manutenção da própria vida: ribeirinhos, “indígenas”, quilombolas, trabalhadores rurais etc. Nossa mirada é sobre as lógicas espaciais em tensão entre esses dois desiguais grupos, o que implica dizer que, além de serem conflitos de territorialidades e ambientais, também são conflitos geoepistêmicos. Na primeira seção refletimos sobre a “fronteira do capital” e apresentamos a abordagem de uma “fronteira abissal” para dar conta de tais lógicas espaciais em tensão. Após, contextualizamos o oeste do Pará, mais precisamente a região que tem Santarém como cidade principal, no que se refere à implantação dos grandes projetos espaciais, destacando o caso do “Porto do Maicá” e seu possível avanço sobre territorialidades ribeirinhas e quilombolas. A seguir, nos aprofundamos no caso da autodemarcação da Terra Indígena Munduruku no Planalto Santareno, e em como tal território é ameaçado pela expansão do agronegócio. Relacionamos, na seção seguinte, os conflitos geoepistêmicos a partir do contexto da contemporânea encruzilhada civilizatória com a necessidade de compreensão do sentido de autonomia que diversos povos trazem para enfrentar a fronteira abissal. Por fim, arrematamos defendendo a importância da ideia de fronteira abissal na análise dos conflitos geoepistêmicos presentes no oeste do Pará em particular e, talvez, na Amazônia em geral.

  • English

    Amazon as a “border” can be understood by the geographical expansion of capital materialized on large spatial projects as harbors, hydroelectric power plants, highways and large tracts of land linked to agribusiness. However, many people resist and exist despite and even against such projects, either for its territory maintenance or for mainting life itself: local dwellers, “indigenous” people, quilombolas, rural workers etc. Our look is at the spatial logics in tension between these two unequal groups, which means that, in addition to being territorial and environmental conflicts, they are also geoepistemic conflicts. In the first section we have reflected on the “capital border” and presenting the “abyssal frontier” approach in order to read such spatial logics in tension. Then, we have contextualized western Pará, more precisely the region that has Santarém as its main city, concerning large space projects implementation, highlighting the case of “Maicá Harbor” and its possible advance on riparian and quilombola territorialities. Next, we have focused on the Munduruku Indigenous Land self-demarcation case at the Santarenean Plateau and how such territory is being threatened by agribusiness expansion. In the following section, we have connected the geoepistemic conflicts from contemporary civilizational crossroads context to the need to understand the autonomy sense that different peoples bring to face the abyssal border. Finally, we have concluded by defending the abyssal border importance in the 84 geoepistemic conflicts analysis present in western Pará in particular and, perhaps, in the Amazon in general.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus