This article discusses the book Nordeste, from Gilberto Freyre, published in 1937 by the publisher José Olympio Editora, as part of the series Coleção Documentos Brasileiros, organized by Freyre himself. The main point of this article is to comprehend the aforementioned work related to the intellectual production of Freyre in the period. Based on the Freirian text, the intention of this article is to point out how Iberian Heritage and regionality lead him to an interpretation of preservationism of ancient forms of life, culture and society, including in relation to the environment. Freyre defends the historical legitimacy of the Iberian culture, already transformed by the historical conditions of the sugar-based Brazilian Northeast, which was marked by slavery and monoculture. On Freyre’s point of view, such context was threatened by the disinte grating force of industrial modernity, which would emanate from the Protestant and capitalist West.
O artigo discute "Nordeste", livro que Gilberto Freyre publicou em 1937 na Coleção Documentos Brasileiros, coordenada por ele próprio na Editora José Olympio. O objetivo é compreender a referida obra, articulada à produção intelectual do sociólogo pernambucano no período. A partir do texto freyreano, pretende-se evidenciar como a herança ibérica e a regionalidade conduzem o autor a uma interpretação do preservacionismo das formas antigas de vida, cultura e sociedade, inclusive em relação ao meio ambiente. Freyre coloca-se na defesa da legitimidade histórica da cultura ibérica, já transformada nas condições do Nordeste açucareiro, marcado pelo escravismo e pela monocultura, cuja existência o autor via ameaçada sob a força desagregadora da modernidade industrial que emanaria do Ocidente protestante e capitalista.
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