Socorro, Portugal
O artigo procurou analisar a satisfação de mulheres trans trabalhadoras do sexo com a qualidade do suporte social prestado pelos serviços sociais. Através do desenvolvimento de uma pesquisa de natureza qualitativa, na qual foram realizadas oito entrevistas semiestruturadas a mulheres trans que realizavam trabalho sexual em contexto de rua, em Lisboa (Portugal), foi possível identificar que estas se confrontavam frequentemente com barreiras e limitações no acesso aos serviços sociais, bem como com a falta de apoio material e emocional ou a concessão de recursos inadequados ou em tempo não útil por parte destes. O “suporte social problemático” atribuído comprometeu fortemente a disposição das entrevistadas para recorrerem novamente aos serviços sociais. Deste modo, considera-se que os serviços sociais deverão desenvolver esforços para eliminar todas as barreiras que afastam as pessoas trans, de género diverso e não binário do suporte social, devendo evitar práticas e comportamentos opressivos que favoreçam processos de vitimação secundária, com vista a se transformarem em espaços verdadeiramente seguros e inclusivos.
The article sought to analyze trans women sex workers satisfaction with the quality of social support provided by social services. Through the development of a qualitative research, in which eight semi-structured interviews were carried out with trans women street sex workers, in Lisbon (Portugal), it was possible to identify that they often faced institutional barriers and limitations in accessing social services, as well as with lack of material and emotional support, or with inappropriate or timely allocation of resources by them. The “problematic social support” attributed strongly compromised their willingness of the interviewees to resort to social services again. In this way, it is considered that social services should make efforts to eliminate all barriers that separate transgender, gender diverse and non-binary people from social support, and should avoid oppressive practices and and behaviors that favor secondary victimization processes, with the aim of becoming truly safe and inclusive spaces.
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