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O menino (mais novo) e o mundo (coberto de penas): A relação humano-natureza e a metáfora das aves em Vidas secas (1938) e O menino e o mundo (2013)

    1. [1] Universidade do Minho

      Universidade do Minho

      Braga (São José de São Lázaro), Portugal

  • Localización: Revista 2i: Estudos de identidade e intermedialidade, ISSN-e 2184-7010, Vol. 5, Nº. 7, 2023 (Ejemplar dedicado a: Animalities and zoopoetics: From texts to theories), págs. 95-109
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • The (younger) boy and the world (covered in feathers): Human-nature relationship and the metaphor of birds in Vidas secas (1938) and o Menino e o mundo (2013)
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      Published in 1938, Vidas Secas, by Graciliano Ramos, denounces the inequalities of his time, both in the relations between humans and nature and in the relations of humans among themselves. The work catalyses the realities of a Brazil undergoing profound political and social changes. More than seventy years later, the award-winning animated feature film O menino e o mundo (2013), by Alê Abreu, reproduces reflections proposed by Ramos and presents some intersemiotic translations (Plaza, 2003) of the verbal narrative of Vidas Secas into sound and visual signs. Such process shows that the dialogue between the two works goes beyond the explicit thematic similarity and can be perceived in several elements of the animation, from the composition of the characters and the relationship between them to the aesthetic choices, both sound and visual, that allow the animation to expand some of the social criticisms presented by Ramos. As a sign of this dialogue, we will highlight the metaphor of the birds in both works, which has an important symbolic charge for both narratives.

    • português

      Publicado em 1938, Vidas Secas, de Graciliano Ramos, denuncia as desigualdades de seu tempo, tanto nas relações dos humanos entre si quanto nas relações entre o humano e a natureza. A obra catalisa realidades de um Brasil que passava por profundas mudanças políticas e sociais. Mais de setenta anos depois, o premiado longa-metragem de animação O menino e o mundo (2013), de Alê Abreu, renova algumas das reflexões propostas por Ramos e apresenta traduções intersemióticas (Plaza, 2003) da narrativa verbal de Vidas Secas para signos sonoros e visuais. Tal processo demonstra que o diálogo entre as duas obras vai além da explícita semelhança temática e pode ser percebido em diversos elementos da animação, desde a composição dos personagens e da relação entre elas até as escolhas estéticas, tanto sonoras quanto visuais, que permitem à animação expandir algumas das críticas sociais apresentadas por Ramos. Como sinal deste diálogo, destacaremos a metáfora das aves nas duas obras, que tem carga simbólica importante para ambas as narrativas.


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