Miriam S. Leite, Carla de Oliveira Romão
A espantosa sobrevida do sexismo, que persiste apesar das múltiplas e mais do que centenárias lutas feministas, leva-nos a questionar os modos contemporâneos de iteração dessa perspectiva, focalizando, neste artigo, textos da educação escolar. Com base na noção de gênero performativo e da iterabilidade da linguagem, segundo teorizações de Judith Butler e Jacques Derrida, discutimos sobre as enunciações do feminino em materiais didáticos utilizados nos anos finais do ensino fundamental da rede pública de ensino do Rio de Janeiro. Para além da constatação da prevalência de abordagens sexistas nesses textos, problematizamos as estratégias retóricas mobilizadas na atualização escolar de tais enunciações.
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