Incorporação de resíduo seco do fruto de noni na supressão de Sclerotium rolfsii em alface

• Jéssica Ramos Leite Lemes ; Evelynne Urzedo Leao ^[1] ; Gentil Cavalheiro Adorian ^[1] ; Flávia Barreira Gonçalves ^[1] ; Albert Lennon Lima Martins ^[1]
  1. [1] Universidade Estadual do Tocantins (UNITINS)
• Localización: Cuadernos de Educación y Desarrollo, ISSN-e 1989-4155, Vol. 15, Nº. 8, 2023, págs. 7745-7758
• Idioma: portugués
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  • português

    A alface (Lactuca sativa L.) está sujeita à ocorrência de diversas doenças em todos os modelos de produção, seja em larga ou em menor escala. Patógenos habitantes do solo, por exemplo, podem causar sintomas em raízes e partes aéreas das plantas, caracterizados por doenças como as podridões-de-raízes, causada pelo fungo Sclerotium rolfsii. O controle destas doenças em geral é difícil, e envolvem principalmente a utilização de defensivos que causam grande impacto ao meio ambiente. Assim, medidas alternativas de controle vêm sendo estudadas, entre elas destacam-se a incorporação de material orgânico ao solo. Neste sentido, o noni (Morinda citrifolia L.) é uma planta com ampla utilização na medicina popular e na fabricação de fitofármacos; em plantas, o potencial antimicrobiano do noni já foi avaliado por pesquisadores como óleo essencial e extratos aquosos de folhas e frutos, e observaram resultados promissores em diversos patossistemas. Asssim, objetivou-se com este trabalho avaliar o potencial da farinha seca de frutos de noni na supressão de S. rolfsii em alface. Os frutos de noni passaram pelo processo de lavagem, homogeneização e secagem em forno comum à 60°C, sendo posteriormente triturado em liquidificador até obtenção de uma farinha e armazenado, até sua utilização. O extrato aquoso foi preparado pela imersão da farinha em água destilada por 24 h a 25 ºC, antes de cada ensaio. No levantamento da população microbiana presente na farinha do noni, não foram observados crescimento bacteriano, já no levantamento fúngico, observou-se o aparecimento principalmente do gênero Aspergillus sp. No teste de sensibilidade, o extrato de noni aplicado no meio de cultura, não apresentou efeito antifúngico sobre o fitopatógeno S. rolfsii. No ensaio com a embebição de sementes com o extrato da farinha de noni não foi possivel constatar a interferência fisiológica, pois fatores externos, como a qualidade das sementes utilizadas, podem ter influenciados na não germinação destas. Já no ensaio de incorporação da farinha de noni no solo para o controle de S. rolfsii não observou-se o aparecimento da doença em nenhum tratamento, o que pode ter ocorrido devido às condições que não foram propícias para o S. rolfsii ou mesmo fatores externos que podem ter influenciado no desenvolvimento das mudas de alface. Mesmo não obtendo resultados satisfatórios no controle do S. rolfsii em alface, a utilização da farinha de noni ainda pode ser considerada uma alternativa no controle de fitopatógenos veiculados pelo solo, visto que resultados na literatura demonstraram eficácia em outros patossistemas.

  • English

    Lettuce (Lactuca sativaL.) is exposed to the occurrence of several diseases in all production models, either on a large scale or on a smaller scale. Soil-dwelling pathogens, for example, can cause symptoms in roots and aerial parts of plants, characterized by diseases such as root rot, caused by the fungus Sclerotium rolfsii. The control of these diseases in general is difficult, and they mainly involve the use of pesticides that have a great impact on the environment. Thus, alternative control measures have been studied, among them the incorporation of organic material to the soil. In this sense, noni (Morinda citrifoliaL.) is a plant widely used in popular medicine and in the manufacture of phytopharmaceuticals; in plants, the antimicrobial potential of noni has already been evaluated by researchers as essential oil and aqueous extracts of leaves and fruits, and they observed promising results in several pathosystems. Thus, the objective of this work was to evaluate the potential of dried noni fruit flour in suppressing S. rolfsiiin lettuce. The noni fruits went through the process of washing, homogenization and drying in a common oven at 60°C, being subsequently crushed in a blender until obtaining a flour and stored until use. The aqueous extract was prepared by immersing theflour in distilled water for 24 h at 25 ºC, before each test. In the survey of the microbial population present in the noni flour, no bacterial growth was observed, whereas in the fungal survey, the appearance mainly of the genus Aspergillussp. In the sensitivity test, the noni extract applied to the culture medium showed no antifungal effect on the phytopathogen S. rolfsii. In the test with the imbibition of seeds with noni flour extract, it was not possible to verify the physiological interference, since external factors, such as the quality of the seeds used, may have influenced their non-germination. In the test of incorporation of noni flour into the soil to control S. rolfsii, the appearance of the disease was not observed in any treatment, which mayhave occurred due to conditions that were not conducive to S. rolfsiior even factors external factors that may have influenced the development of lettuce seedlings. Even without obtaining satisfactory results in the control of S. rolfsiiin lettuce, the use of noni flour can still be considered an alternative in the control of phytopathogens transmitted by the soil, since results in the literature have shown efficacy in other pathosystems.