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Experimentos históricos nos livros didáticos: implicações para o ensino de química

    1. [1] Instituto Federal de São Paulo, Campus São Paulo
    2. [2] Graduando em Licenciatura em Química, Instituto Federal de São Paulo, Campus São Paulo
  • Localización: Caderno Brasileiro de Ensino de Física, ISSN-e 2175-7941, Vol. 40, Nº. 2, 2023 (Ejemplar dedicado a: Caderno Brasileiro de Ensino de Física), págs. 357-391
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Historical experiments in textbooks: implications for chemistry teaching
  • Enlaces
  • Resumen
    • português

      A história da ciência tem sido usada como importante contribuinte das relações de ensino, embasando uma melhor compreensão da atividade científica. Em muitos casos, porém, a descrição equivocada de episódios históricos pode dificultar o entendimento de conceitos e induzir visões distorcidas do que é a ciência e de como ela é feita. Neste trabalho, compilamos uma lista com 24 experimentos históricos encontrados em livros didáticos (LD) de Química voltados ao Ensino Médio e, a partir da análise de originais e da literatura secundária já produzida por historiadores da ciência, explicitamos diferenças entre as descrições de experimentos presentes nos LD e seus respectivos originais históricos. Os casos analisados envolvem a pilha de Daniell e o experimento com a folha de ouro de Rutherford. Comparando as descrições dadas pelos LD com os originais históricos, verificamos diferenças expressivas, tanto em relação às montagens e aos materiais utilizados pelos cientistas quanto na execução dos experimentos e em sua vinculação com proposições teóricas. No caso de Daniell, a separação da pilha em duas semicélulas conectadas por uma ponte salina representa uma distorção do original histórico que o afasta, também, das representações cotidianas de pilhas elétricas e de qualquer aplicação prática do dispositivo. Já no caso da folha de ouro, identificamos que as ilustrações tradicionais deste experimento representam um híbrido de ao menos quatro montagens realizadas pelo grupo de pesquisa de Rutherford. Também notamos que os LD tratam da proposição do modelo atômico como decorrência deste experimento, o que gera uma distorção da cronologia histórica com viés indutivista, uma vez que o modelo teórico de Rutherford foi proposto antes e alguns desses experimentos foram projetados, justamente, como tentativas de verificação do modelo. Apresentamos pontos em que essas distorções podem prejudicar o entendimento dos alunos e de que forma a fidelidade histórica pode ajudar o trabalho de professores em sala de aula.

    • English

      History of science acts as an important contributor to teaching towards a better understanding of scientific activity. However, misdescriptions of historical episodes are often found in science textbooks and might do the opposite, conveying distorted views about science and its social dynamics. In this paper we present a list of 24 historical experiments found in high school chemistry textbooks. Relying on current historiographical criteria and making use of primary and secondary sources, our aim was to compare these textbooks’ descriptions with the experiments’ historical originals. We have deepen the cases of Daniell's battery and of Rutherford's gold leaf and found significant differences in the description of these experiments, both in relation to the experimental apparatus and materials used by the scientists as in the execution of the experiments and their relationship with theoretical propositions. Splitting the battery into two semi-cells connected by a salt bridge represents a distortion of Daniell's battery’ historical original. It also deviates from everyday representations of electric batteries and compromises any practical application of the device. In Rutherford's case, we identified that the gold leaf experiment presented in textbooks represents a hybrid of at least four experiments carried out by Rutherford's research group. We also noticed that textbooks deal with the proposition of the atomic model as a result of such experiment, which leads to an inductivist biased distortion of the historical chronology, since Rutherford's theoretical model was proposed before, and some of these experiments were designed, precisely, as verification attempts of this model. We discuss implications of such distortions for the students' understanding and how historical fidelity may help teachers in classroom.


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