Equidade nos Pagamentos das Águas em Portugal: 2005-2016 e Regiões NUT II

• Carlota Quintal ^[1] ; Micaela Antunes ^[1] ; Rita Martins ^[1]
  1. [1] Universidade de Coimbra

     Universidade de Coimbra

     Coimbra (Sé Nova), Portugal

     
• Localización: Revista portuguesa de estudos regionais, ISSN-e 1645-586X, Nº. 66, 2023, págs. 49-61
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Equity in Water Payments in Portugal: 2005-2016 and Regions NUT II
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    Achieving,by 2030, ́universal and equitable access to safe and affordable drinking water for all ́is one of the targets of the Sustainable Development Goal 6, of the United Nations. This work addresses the dimension of affordability, and its main objective is to assess equity in water payments in Portugal over a decade and by NUT II regions. Data come from the Household Budget Survey 2005/2006; 2010/2011 e 2015/2016. To quantify the disparities between the households’ resources and their water expenditures, we estimate the Kakwani index(??)which indicates if payments (for water) are proportional (??=0), regressive (??<0)or progressive (??>0).The richest 20% spent on water, on average, between 2 and 2.7 times more than the poorest 20%.Nonetheless, the average total expenditure of the richest was between 5.4 and 6.9 times that of the poorest. In 2015/2016, the burden of water payments was the lowest in Madeira (1.32%) and the highest in Azores (1.79%). The results for the Kakwani index confirm the regressivity in water pay-ments in the whole country and its regions, burdening more low-income families, and suggest a worseningover time (??=−0,165, ??=−0,181and ??=−0,186).

  • português

    Alcançar, até 2030, ‘o acesso universal e equitativo à água potável e segura para todos’ é uma das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6, das Nações Unidas. Este trabalho aborda a dimensão da acessibilidade económica, sendo o seu objetivo geral avaliar a equidade nos paga-mentos das águas em Portugal ao longo de uma década bem como nas suas regiões NUT II.Os dados provêm do Inquérito às Despesas das Famílias 2005/06; 2010/11 e 2015/2016. Para quan-tificar a disparidade entre os recursos das famílias e os seus pagamentos das águas, é estimado o índice de Kakwani (π_K) para perceber se estes pagamentos são proporcionais (π_K=0), regressivos (π_K<0) ou progressivos (π_K>0). Os 20% mais ricos gastaram com águas, em média, entre 2 e 2,7 vezes mais do que os 20% mais pobres. Contudo, a despesa total média dos mais ricos foi entre 5,4 e 6,9 vezes a dos mais pobres.Em 2015/2016, o peso médio da despesa com águas foi mais baixo na Madeira (1,32%) e mais alto nos Açores (1,79%). Os resultados para o índice de Kakwani confirmam a regressividade nos paga-mentos das águas no país e nas suas regiões e sugerem um agravamento no tempo (??=−0,165, ??=−0,181e??=−0,186).