É cada vez mais evidente que, no contra-fluxo dos movimentos homogeneizantes da globalização, as singularidades locais podem ser fonte de mayor grau de confiança, solidariedade, cooperação e difusão de conhecimento, aspectos fundamentais para a sustentabilidade de empreendimentos criativos geradores de trabalho e renda. Um fato recorrente é que as iniciativas individuais costumam ser baseadas apenas na própria capacidade pessoal para subisistir pelo trabalho e pasma a delinear movimentos “naturais” de agregação, que começam a atrair a atenção e o apoio de outros protagonistas. Esta articulação de pequenos empreendimentos e organizações locais - sobretudo micro e pequenas empresas - com o poder público tem assumido diferentes configurações daquilo que se convencionou denominar Arranjos Produtivos Locais. As referências identitárias, tanto locais quanto regionais, têm ganhado crescente importância para o fomento e a gestão de inciativas econômicas. Este artigo aponta a relevância do aproveitamento de fatores endógenos para o planejamento e a gestão de ações locais e regionais, sobretudo para favorecer a articulação de pequenos empreendimentos de modo a fortalecê-los e garantir sua sustentabilidade.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados