Camilo Sebastian Aguirre Torrini
Objetivo/Contexto: Este artículo analiza la respuesta diplomática de Corea del Sur a la victoria electoral de Salvador Allende; se centra en cómo la “vía chilena al socialismo”, con su respeto por las instituciones democráticas, por un lado, y su decisión de establecer relaciones con los países socialistas, por otro, puso en entredicho uno de los principios básicos de la política exterior surcoreana de la época, a saber, la ruptura inmediata de relaciones con aquellos países que reconocieran a Corea del Norte. Metodología: El análisis historiográfico se basa, principalmente, en el acervo documental de los archivos diplomáticos de Corea del Sur. Originalidad: Hasta la fecha, no existe ninguna publicación acerca de la posición de Corea del Sur frente al Gobierno de la Unidad Popular (UP). Con la incorporación de Corea del Sur como un nuevo actor nuevo “periférico”, este artículo presenta una mirada innovadora a los desafíos que la “Vía chilena” planteó a las naciones divididas, y también una muestra del impacto global del triunfo de Salvador Allende en las elecciones presidenciales de 1970. Conclusiones: Corea del Sur siguió de cerca las respuestas de otras naciones divididas y, ante el dilema de romper o mantener relaciones con el Gobierno de la UP, optó por flexibilizar su postura ideológica para no perder terreno en Chile frente a Corea del Norte. En esta decisión, jugó un papel importante la excepcionalidad del proyecto chileno que buscaba impulsar cambios en un marco democrático, pues era imposible cuestionar su legitimidad. Finalmente, Corea del Sur acabó descartando su propia doctrina de política exterior. Y, aunque hay otros elementos que contribuyeron a este cambio, es posible argumentar que la experiencia surcoreana en Chile tuvo un impacto en la forma en que ese país se relacionaba con el mundo. Adicionalmente, las fuentes consultadas plantean nuevos interrogantes sobre la política exterior de la UP y su manejo de la “cuestión coreana”.
Objective/Context: This article analyses South Korea’s diplomatic response to Salvador Allende’s electoral victory. It focuses on how the “Chilean road to socialism,” with its respect for democratic institutions on the one hand and its decision to establish relations with socialist countries on the other, called into question one of the basic tenets of South Korean foreign policy at the time, namely the immediate severance of diplomatic relations with those countries that recognised North Korea. Methodology: The historiographical analysis is based primarily on the documentary holdings of the South Korean Diplomatic Archives. Originality: To date, there is no publication on South Korea’s position vis-à-vis the Unidad Popular government. With the addition of South Korea as a new “peripheral” actor, this article presents an innovative look at the challenges that the “Chilean way” posed to the divided nations, and it illustrates the global impact of Salvador Allende’s triumph in the 1970 presidential elections. Conclusions: South Korea closely followed the responses of other divided nations and faced the dilemma of breaking or maintaining relations with the Unidad Popular government, opting to soften its ideological stance not to lose ground in Chile to North Korea. The exceptional nature of the Chilean project, which sought to promote change within a democratic framework, played an important role in this decision, as it was impossible to question its legitimacy. Ultimately, South Korea eventually discarded its own foreign policy doctrine. While other elements contributed to this change, it is possible to argue that the South Korean experience in Chile had an impact on the way in which that country related to the world. Moreover, the sources consulted raise new questions about Unidad Popular’s foreign policy and its handling of the “Korean question”.
Objetivo/contexto: neste artigo, é analisada a resposta diplomática da Coreia do Sul à vitória eleitoral de Salvador Allende; o texto se concentra em como o “caminho chileno para o socialismo”, com seu respeito pelas instituições democráticas, por um lado, e sua decisão de estabelecer relações com os países socialistas, por outro, questionou um dos princípios básicos da política externa sul-coreana na época, ou seja, o rompimento imediato das relações com os países que reconheciam a Coreia do Norte. Metodologia: a análise historiográfica baseia-se principalmente no patrimônio documental dos arquivos diplomáticos da Coreia do Sul. Originalidade: até o momento, não há nenhuma publicação sobre a posição da Coreia do Sul com relação ao governo da Unidade Popular. Com a incorporação da Coreia do Sul como um novo ator “periférico”, este artigo apresenta uma visão inovadora dos desafios que o “caminho chileno” representou para as nações divididas e uma amostra do impacto global do triunfo de Salvador Allende nas eleições presidenciais de 1970. Conclusões: a Coreia do Sul acompanhou de perto as respostas de outras nações divididas e, diante do dilema de romper ou manter relações com o governo da Unidade Popular, optou por suavizar sua posição ideológica para não perder terreno no Chile para a Coreia do Norte. A natureza excepcional do projeto chileno, que buscava promover mudanças dentro de uma estrutura democrática, desempenhou um papel importante nessa decisão, pois era impossível questionar sua legitimidade. No final, a Coreia do Sul acabou descartando sua doutrina de política externa. E, embora existam outros elementos que contribuíram para essa mudança, é possível argumentar que a experiência sul-coreana no Chile teve um impacto na maneira como o país se relacionou com o mundo. Além disso, as fontes consultadas levantam novos questionamentos sobre a política externa da Unidade Popular e sua forma de lidar com a “questão coreana”.
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