Vanessa de Oliveira, Rosa Monteiro Paulo
Neste artigo discutimos o que se compreende por pensamento algébrico considerando o que se evidencia nas pesquisas em Educação Matemática. A revisão teórica mostra que, embora não haja consenso entre os autores sobre o que se assume como pensamento algébrico, a perspectiva da História e da Filosofia da Educação Matemática nos dá possibilidade de dizer que, na sala de aula, a álgebra pode ser trabalhada a partir de situações nas quais se exploram o sentido numérico, as propriedades das operações e a identificação de regularidade em sequências, enfatizando o modo de pensar e não o conteúdo. Para entender o que se efetiva na sala de aula dialogamos com professores dos anos iniciais em um curso de extensão oferecido em parceria entre a Universidade Estadual Paulista, Unesp e a Secretaria Municipal de Educação de Guaratinguetá. A vivência no curso foi registrada em áudio e vídeo para constituir os dados de uma pesquisa de doutorado em desenvolvimento. Assumimos a pesquisa qualitativa de abordagem fenomenológica para a análise desses dados. Neste artigo trazemos, além da discussão teórica, a análise de uma situação vivida com os professores em um dos encontros do curso. Damos destaque aos diálogos, pois eles nos permitem identificar que o professor, ao ensinar Matemática nos anos iniciais, propõe tarefas que têm características do que se nomeia pensamento algébrico.
In this article we discuss what is understood by algebraic thinking considering what is evident in research in Mathematics Education. The theoretical review shows that, although there is no consensus among authors about what is assumed to be algebraic thinking, the perspective of History and Philosophy of Mathematical Education gives us the possibility to say that, in the classroom, algebra can be worked on starting from situations in which the numerical sense, the properties of the operations and the identification of regularity in sequences are explored, emphasizing the way of thinking and not the content. In order to understand what is effective in the classroom, we spoke with teachers from the early years in an extension course offered in partnership between the São Paulo State University(Unesp)and the Guaratinguetá Municipal Department of Education. The experience in the course was recorded in audio and video to constitute the data of a doctoral research under development. We assume the qualitative research with a phenomenological approach for the analysis of these data. In this article, we bring, in addition to the theoretical discussion, the analysis of a situation lived with the teachers in one of the meetings of the course. We emphasize dialogues, as they allow us to identify that the teacher, when teaching mathematics in the early years, proposes tasks that have characteristics of what is called algebraic thinking.
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