Brasil
According to the Aristotelian philosophical precept, the dependence that we humans have on other members of the species makes us social beings. Sometimes, the breakdown of this mutuality is marked by widespread behaviors, promoting specific pathologies of each age. This article aims to re-read the organization of work, in the form of teleworking, in the face of the challenges imposed by the pandemic, in the performance society. In this scenario, we question whether such a contemporary organizational model encourages suffering and brings potential risks to the health, especially psychic, of the worker. Presenting the hypothesis that, both the peculiar characteristics of this contractual model and the normative changes made on the subject, caused a rupture of social ties in the work environment, causing these workers difficulty in dissociating life and work, stimulating the overload of hours worked for beyond what is supported. To this end, we rely on bibliographic and jurisprudential analyzes, using Christophe Dejours as a theoretical framework. Concluding that, despite being a recent modality, tending to remain, it carries with it potential risks to the mental health of the one who exercises it.
Conforme o preceito filosófico aristotélico, a dependência que nós humanos possuímos dos demais membros da espécie nos faz seres sociais. Por vezes, a quebra dessa mutualidade é marcada por comportamentos generalizados, fomentadores de patologias específicas de cada época. O presente artigo tem por pretensão realizar uma releitura da organização do trabalho, na modalidade do teletrabalho, frente aos desafios impostos pela pandemia, na sociedade do desempenho. Nesse cenário, questionamos se tal modelo organizacional contemporâneo estimula sofrimento e traz potenciais riscos para a saúde, sobretudo psíquica, do trabalhador. Apresentando a hipótese de que, tanto as características peculiares deste modelo contratual como as alterações normativas efetuadas acerca do assunto, provocaram uma ruptura dos laços sociais no meio ambiente laboral, gerando nesses trabalhadores dificuldade em dissociar vida e trabalho, estimulando a sobrecarga de horas trabalhadas para além do suportado. Para tanto apoiamo-nos em análises bibliográfica e jurisprudencial, utilizando por referencial teórico Christophe Dejours. Concluindo que, apesar de tratar-se de uma recente modalidade, tendente a permanecer, traz consigo riscos potenciais a saúde mental daquele que a exerce.
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