Resumen de La paradoja de la fotografía: entre la supuesta realidad y la ficción inherente

Viviana Torres Mestey, Luciano do Monte Ribas

• español

  La fotografía se ha naturalizado como una disciplina que copia o plasma la realidad del mundo, pero asumir la fotografía sólo como documento o evidencia no toma en cuenta la complejidad del proceso mismo, que implica un proceso de diseño conceptual más allá del quehacer técnico de la cámara como aparato. En ocasiones la fotografía requiere diseñar nuevas realidades desde la ficción para que una historia se cuente en una sola imagen. Entonces, nos encontramos ante una paradoja. Si bien es cierto que la cámara captura algo que existe en la materialidad, registra eventos, sirve de testimonio en ciertos casos y se convierte en documento histórico, puede también estar cargada de ficción, explorar mundos surreales, y se presta para escenificarse o diseñarse desde el paradigma de cada fotógrafo. Esta presunta contradicción es motivo de la presente investigación.

• English

  Photography is greatly associated with the concept of reality and documenting existing things or events in the world. But to think of photography as mere evidence doesn’t consider the complexity of the process, which implies a type of design process beyond the technical possibilities of the camera as an apparatus. Sometimes photography requires the need to design new realities immersing itself in a fictional practice so that a single story can be told in one image. Therefore, we stand before a paradox. It is correct to say that the camera will capture things that are present in the real world, register live events, become evidence in court and transcend as historical documents, but it can also be fictional, it can create surreal worlds and it is able to be staged and designed from each photographer’s paradigm. This apparent contradiction is the center of the following research paper.

• português

  A fotografia foi naturalizada como uma disciplina que “copia” ou “retrata” a “realidade” do mundo. Porém, assumir a fotografia como documento ou evidência não leva em conta a complexidade do processo em si, o que implica um tipo de processo de design além da tarefa técnica da câmara como aparelho. Às vezes, a fotografia exige projetar novas realidades a partir da ficção para que uma história seja contada em uma única imagem. Então, estamos diante de um paradoxo. Embora seja verdade que a câmara capta algo que existe na materialidade, documenta acontecimentos, serve de testemunho em certos casos e se torna documento histórico, ela também pode ser carregada de ficção, explorar mundos surreais e prestar-se a ser encenada ou projetada a partir do paradigma de cada fotógrafo. Esta suposta contradição é o motivo desta investigação.