Brasil
Roberto Fernández Retamar´s “Caliban” (1971) expresses Cuban and Latin-American ideals in the struggle for freedom, asserting “nuestra América mestiza” (MARTÍ, 1891) and its power to react against the imperialism of old and new colonizers. In the fiction of U.S. writer Paule Marshall, however, Caliban is a black male character who has been disfigured and dehumanized by the colonization processes in Brazil, apparently reverberating ideas expressed by Frantz Fanon in Black skin, white masks (1952), whose original title was "An essay for the disalienation of Blacks”. Thus I bring together writers and texts that have approached America from different standpoints in the “Extended Caribbean” described by Immanuel Wallerstein, in a map reconfigured to include from New York to Rio de Janeiro, the city reinvented by Marshall in her novella “Brazil” (1961). Fanon´s early death occurred in the same year that “Brazil” was published, and ten years before “Caliban”. Crisscrossing dates, geographies and histories, languages and texts, this article pays tribute to Fernández Retamar and also to Marshall and Fanon, three remarkable names of a pioneering generation.
O “Caliban” de Roberto Fernández Retamar (1971) expressa os ideais de luta pela liberdade cubana e latino-americana, afirmando o poder de reação de “nossa América mestiça” (MARTÍ, 1891) contra o imperialismo de antigos e novos colonizadores. Na ficção da estadunidense Paule Marshall, porém, Caliban é um personagem negro desfigurado e desumanizado pelos processos de colonização no Brasil, parecendo reverberar ideias expressas por Frantz Fanon em Pele negra, máscaras brancas (1952), cujo título original era "Um ensaio pela desalienação dos Negros". Entrelaço aqui escritores e obras que pensaram a América a partir de pontos diversos de um “Grande Caribe” – o “Extended Caribbean” de Immanuel Wallerstein –, em mapa reconfigurado para incluir desde Nova York até o Rio de Janeiro, cidade reinventada por Marshall no conto “Brazil” (1961). A morte precoce de Fanon ocorreu no mesmo ano em que “Brazil” foi publicado e dez anos antes de “Caliban”. Interligando datas, geografias e histórias, línguas e escritos, este trabalho homenageia Fernández Retamar e também Marshall e Fanon, três nomes marcantes de uma geração pioneira.
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