Propomo-nos analisar, à luz das teorias de Género e Queer, um texto inédito de Agustina Bessa-Luís, intitulado Três mulheres com máscara de ferro. A particularidade deste curto texto, sem indicação de género, reside no facto da autora retomar três personagens femininas emblemáticas da sua obra, Quina, Ema e Fanny, transformadas em estátuas das três Graças da Antiguidade, e que, ao retirarem as máscaras e retomarem vida, instauram um diálogo a três. O nosso propósito será mostrar em que medida este texto marca a manifestação clara, por parte da autora, de um «feminismo subversivo» — problematizando os papéis de género para desenhar um continuum feminista — ultrapassando nisso o que Isabel Pires de Lima considera ser «cristalizações do feminino».
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