Diante do cenário atual da leitura no Brasil, este artigo tem como objetivo analisar os obstáculos na democratização do acesso à livros e suas consequências. Pretende-se abordar a falta de estímulo ao hábito de ler e a falta de acesso a livros utilizando como base dados da 5a edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2020). Propõe discutir sobre a taxação de livros, projeto apresentado pelo ministro da economia, Paulo Guedes, e como esta reforma pode ser mais um empecilho para o processo de contato com a leitura. No artigo, são apresentadas as perspectivas de Lucília Helena do Carmo Garcez sobre a valoração da leitura em “A Construção Social da Leitura” (2000) e de João Cezar de Castro Rocha em seu debate sobre “Direito à leitura literária” na Feira do Livro de Chapecó 2018 para apontar a relevância do incentivo à leitura na construção social e cultural de uma pessoa. Além de discutir a relevância do ensino da literatura diante do ponto de vista de Leyla Perrone-Moisés em “Literatura para Todos” (2006). Discute a importância da biblioteca como um ambiente de inserção e estímulo dos indivíduos a leitura pelas noções levantadas por Jailiny Stanford e Diego A. Salcedo em “O incentivo da leitura na biblioteca escolar” (2016). O artigo apresenta também a questão da pirataria como meio de acesso a livros utilizando as ideias propostas por Nájila Martins em “Pirataria moderna e a distribuição de livros online de forma gratuita” (2019). Pretende-se debater sobre o direito ao ato de ler passando pelas propostas de Antônio Cândido, apresentadas em “O Direito à Literatura"(1988). Resultando nas motivações para a falta de acesso a livros e a consequência desta, além de mostrar como a leitura é essencial para a formação dos indivíduos, ressaltando que é um direito que é necessário a todos.
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