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Impressões de um passado incógnito. Dos vestígios da memória pessoal à memória histórica entre o século XIX e o século XX em Portugal

    1. [1] Universidade de Lisboa

      Universidade de Lisboa

      Socorro, Portugal

    2. [2] Investigadora independente
  • Localización: Vista: Revista de Cultural Visual, ISSN-e 2184-1284, Nº. 2, 2018 (Ejemplar dedicado a: Memória Cultural, Imagem, Arquivo)
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • português

      O presente artigo tem como ponto de partida a investigação sobre a árvore genealógica de uma das autoras, impulsionada pelos relatos na primeira pessoa transmitidos por uma tia-avó. Tal transferência rica, embora difusa, de indícios de um passado que remonta ao início do século XX em Portugal, constituiu uma oportunidade para estender a recolha a outros antepassados a partir de variados tipos de arquivo. A esta memória oral, que exterioriza as emoções e factos numa mescla pessoal e afetivamente modelada, justapõem-se os registos materiais, visuais e documentais. Nestes incluem-se objetos nostálgicos, fotografias de família e registos paroquiais de batismos, casamentos e óbitos, provenientes de diversos arquivos distritais. O resgate de memórias dispersas, que até à data permaneceram na penumbra entre gerações, trouxe à tona eventos enigmáticos e significativos em Portugal. Tais como a migração e radicação em meados do século XIX de várias famílias espanholas de Badajoz na Amareleja, ou o terramoto de Benavente de 1909 presenciado pelos bisavós paternos de uma das autoras, documentado pelo fotógrafo Joshua Benoliel, fornecendo uma visão humanista e intimista sobre a catástrofe. Da reconstituição histórica, manifesta na teia de ligações entre fotografias e textos, motivada por imagens mentais que começam a recuperar a sua forma sugerida pelas pistas e achados coletados, esboçam-se narrativas simultâneas alicerçadas em evidências genealógicas, cronológicas e geográficas. Nesta oscilação entre a esfera pessoal e coletiva, alicerçada em metodologias do domínio da História e dos Estudos Visuais, procura-se refletir sobre as possibilidades de tangibilização da memória, as migrações entre diferentes locais e o que permanece de referência emocional do local de origem, como são transferidas entre gerações as memórias pessoais, como reconstituir memórias esparsas e como a partir de memórias pessoais é possível enquadrar uma memória coletiva.

    • English

      The present article departs from the genealogical tree research from one of the authors, driven by first-person oral testimonials transmitted by a great aunt. Such a rich but diffuse transfer of evidence from the past dating back to the early twentieth century in Portugal provided an opportunity to extend the documental collection from various types of archives to other ancestors. Records such as documents, photographs and objects support this oral memory, which depicts facts wrapped in a mixture of personal and affectionate contours. These records include nostalgic objects, family photographs and baptism, marriages and deaths records from various district archives. The rescue of scattered memories, which have hitherto remained in the dusk between generations, brought up enigmatic and significant events about Portugal history. Such as the mid-nineteenth-century migration and settlement of several Spanish families of Badajoz in Amareleja, or the 1909 Benavente earthquake witnessed by the paternal great-grandmothers of one of the authors, documented by the photographer Joshua Benoliel, providing a humanist and intimate overview on this natural catastrophe. A historical reconstitution, with simultaneous narratives based on genealogical, chronological and geographical evidence was drawn based on the collected findings. These manifested connections between photographs and texts, triggered by mental images that begin to gain shape. Driven from this shifting between the personal and collective dimension, and combining History and Visual Studies methodologies, we propose a critical reflection about the possibilities of memory embodiment, about migrations and the emotional remains from those places, about how personal memories are transferred between generations, how to reconstruct sparse memories and make possible framing a collective memory from personal memories.


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