Spanish society has undergone a profound transformation since the death of dictator Franco. One of its most relevant manifestations relates to popular festivities. The rigid Catholic morality that dominated the festive space, controlled by relentless censorship, gave way, with the democratization of political institutions, to profane festive behaviors, in which the playful aspect is central. This article aims to summarize the evolution of festive rituals in the last eighty years, highlighting the current trends and influences: secularization, coexistence of formal models, institutional interventionism, integration into the European framework, incorporation of women as protagonists, dynamism of associations and exaltation of military prowess. In this last point, we highlight the conversion of the scheme of struggle between two factions – which monopolized the celebrations of Moors and Christians, from medieval roots and based on the triumph of true religion – into civic-historical recollections (especially Roman and Napoleonic invasions) of profane and even pagan content, as is the case with recent and numerous festitivies in Galicia.
A sociedade espanhola atravessou uma profunda transformação desde a morte do ditador Franco. Uma das suas manifestações mais relevantes relaciona-se com as festas populares. A rígida moral católica que dominava o espaço festivo, controlado pela censura implacável, deu lugar, com a democratização das instituições políticas, a comportamentos festivos profanos, nos quais a vertente lúdica é central. Este artigo pretende resumir a evolução dos rituais festivos nos últimos oitenta anos, destacando as tendências e influências atuais: secularização, coexistência de modelos formais, intervencionismo institucional, integração no quadro europeu, incorporação das mulheres como protagonistas, dinamismo das associações e exaltação de proezas militares. Neste último ponto, destaca-se a conversão do esquema de luta entre duas fações – que monopolizava as celebrações de Mouros e Cristãos, de raízes medievais e baseadas no triunfo da verdadeira religião – em comemorações cívico-históricas (invasões romana e napoleónica, especialmente) de claro conteúdo profano, e mesmo pagão, como é o caso de recentes e numerosas festas na Galiza.
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