Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Resumen de “The People Turn it Off and Go Out Looking for Fado” — Radio and the Fado Resistance to the Estado Novo in the 1930s

José Ricardo Carvalheiro

  • English

    Far from its current consecration and even before its domestication by Salazarism, fado went through dilemmatic phases throughout its existence. Among them are the early times of its mediatization, particularly the complex relationship with radio in the 1930s, with the Estado Novo and class prejudices attempting to ostracize fado or, at least, to stop the national legitimization of urban popular culture. The tensions that already surrounded fado were renewed and sharpened in the simultaneous context of the stabilization of the dictatorship and the implementation of radio in Portugal, placing the new means of sound diffusion in the centre of symbolic struggles around the “national song”. Involving dilemmas between stigma and fado legitimation, between its origin and propagation, between public diffusion and aesthetic or moral control, a connection between radio and fado was made, where several social actors positioned themselves, with different goals and strategies, and in which questions of programming, discursiveness and social status were tackled. This article aims to identify this set of interactions throughout the 1930s. It tries to understand how the establishment of the radio industry, with its various stations and nuances, became a stage and participant in a cultural process that, in some aspects, already preceded it. The research is based on contemporary press publications, specifically fado newspapers (Guitarra de Portugal, Canção do Sul) and magazines focused on radio (Rádio Semanal, Rádio Revista, Boletim da Emissora Nacional, Rádio Nacional).

  • português

    Muito longe da consagração atual e mesmo antes da sua domesticação pelo salazarismo, o fado atravessou fases dilemáticas da sua existência. Entre elas, estão os tempos iniciais da sua mediatização, em particular, as complexas articulações com a rádio na década de 1930, com o Estado Novo e os preconceitos de classe a tentarem ostracizar o fado ou, pelo menos, travar a legitimação nacional da cultura popular urbana. As tensões que já antes rodeavam o fado renovaram-se e agudizaram-se face ao contexto simultâneo de estabilização da ditadura e de implantação da rádio em Portugal, colocando o novo meio de difusão sonora no centro das lutas simbólicas em torno da “canção nacional”. Envolvendo dilemas entre o estigma e a legitimação fadista, entre a sua origem e a propagação, entre a difusão pública e o controlo estético ou moral, constitui-se uma zona de articulação da rádio com o fado onde diversos atores sociais se posicionaram, com diferentes objetivos e estratégias, e em que se jogaram questões de programação, discursividade e status social. O objetivo deste artigo é identificar esse conjunto de articulações ao longo dos anos 30, tentando perceber de que maneira a formação do campo radiofónico, com as suas várias estações e matizes, se tornou palco e participante num processo cultural que, em alguns aspetos, já o precedia. A pesquisa baseia-se na imprensa coeva, especificamente nos jornais de fado (Guitarra de Portugal; Canção do Sul) e nos periódicos dedicados à rádio (Rádio Semanal; Rádio Revista; Boletim da Emissora Nacional; Rádio Nacional).


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus