Brasil
Neste artigo, reflito sobre as contribuições de noções teóricas e aportes metodológicos de estudos sobre relações de gênero para a superação de limites heurísticos em pesquisas sobre comunicação e jornalismo. A partir de investigações sobre coberturas noticiosas relativas a violências físicas e simbólicas contra mulheres, a acontecimentos que envolvem a homofobia e suas consequências e aos primeiros casos de síndrome da imunodeficiência adquirida tornados públicos, indico o quanto as dinâmicas sociais das relações de gênero são potencialmente disruptoras de certezas. No entanto, o aprofundamento das pesquisas mostrou limites e repetição de fórmulas também em pesquisas sobre as relações de gênero, levando-me a um desafio: como lidar com repetições que tendem a desconsiderar particularidades dos fenômenos sob investigação nas áreas da comunicação, do jornalismo e das relações de gênero, inclusive em suas possíveis interconexões?
In this article, I reflect on the impacts of theoretical and methodological contributions developed in gender relations studies to overcome heuristic limits in communication and journalism research. After analyzing studies on how the media covers physical and symbolic violence against women, events related to homophobia and its consequences, and the first cases of acquired immunodeficiency syndrome made public, I indicate how the social dynamics in gender relations can be potential disruptors of certainties. However, my analysis of these studies revealed that we could find limits and formulaic repetition in gender relations research as well, leading me to a challenge: how can we deal with repetitions that tend to disregard particularities of phenomena in communication, journalism, and gender relations research, also considering the potential interconnections in these fields?
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