Este artigo oferece uma interpretação política das condições laborais degradantes ao sublinhar o papeldos atores políticos no estabelecimento e manutenção das relações de exploração laboral nas empresasdo mundo inteiro. Nos debates académicos acerca do trabalho em condições degradantes, o foco temestado essencialmente na responsabilidade das empresas ou dos consumidores (cf. Arnold & Bowie,2007;, Meyers, 2007; Zoller, 2015), ainda que haja alguns autores que abordam o papel dos sindicatose da sociedade civil (cf. Kabeer, 2000). De modo a oferecer uma imagem mais ampla, toma-se deempréstimo a distinção, estabelecida pelos economistas Acemoglu e Robinson (2003), entreinstituições extractivas e inclusivas e aplico esta ferramenta interpretativa ao tópico das condiçõeslaborais degradantes. Argumenta-se que estas condições são mais um problema político do queeconómico, e procura-se fundar esta alegação numa exposição do sistema hukou chinês de registo dedomicílio bem como nas condições contextuais políticas existentes no Bangladesh.
This paper provides a political account of sweatshop labour by highlighting the role of political actorsin establishing and sustaining exploitative working conditions in global sweatshops. In academicdebates on sweatshop labour, the focus has been mostly on the responsibility of business or consumers(cf. Arnold & Bowie, 2007; Meyers, 2007; Zoller, 2015), although there are some authors who dealwith the role of trade unions and civil society (cf. Kabeer, 2000). To provide a broader picture, I drawon the differentiation between extractive and inclusive institutions made by development economistsAcemoglu and Robinson (2013) and apply this account to the sweatshop issue. I argue that sweatshopsare a political rather than an economic problem, and substantiate my claim by drawing on the Chinesehousehold registration system hukou, and the political background conditions in Bangladesh.
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