Uma Expedição ao Pantanal e os registros poéticos em científicos de Guimarães Rosa e Hilgard Sternberg Rastros, Presença, Ambiência e Paisagem

• Autores: Joana Passi de Moraes
• Localización: Diacrítica, ISSN 0870-8967, ISSN-e 2183-9174, Vol. 35, Nº. 3, 2021 (Ejemplar dedicado a: Travel / Migration / Exile Literature), págs. 13-25
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • An Expedition to Patanal and the Poetic and Scientific Records of Guimarães Rosa and Hilgard Sternberg: Traces, Presence, Ambience and Landscape
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• Resumen
  • English

    The article discusses scientific and artistic methodologies, for literary and geographical purposes, adopted by the writer João Guimarães Rosa and the geographer Hilgard Sternberg during an expedition in which both took part, roading the Pantanal, in 1947. The expedition, which had the purpose of mapping the area where the Brazilian Capital District would be relocated to, is scarcely archived and hardly appears in the biographies and chronologies of the writer and the geographer. In this article I approach a speech by Guimarães Rosa made at the time of his filiation to the Brazilian Society of Geographers (SBG), and the "Lists of facts to be observed in geographic field works" by professor geographer Hilgard Sternberg, concerning ideias of field study, geography, poetry and landscape, present in the documents, to confront them with  ideas of ambience, based on the understanding of Stimmung by Hans Ulricht Gumbrech and  presence by Martin Seel. Records resulting from field practices, present in field notebooks and sketches, will be related to the idea of ​​"incarnated words" - a kind of writing permeated by trails, through which we can glimpse bodies, gestures, ambiences and landscapes of a past situation of travelling.

     

  • português

    O artigo discute metodologias científicas e artísticas, para fins literários e geográficos, adotados pelo escritor João Guimarães Rosa e pelo geógrafo Hilgard Sternberg durante uma expedição na qual ambos participaram, rumo ao Pantanal, em 1947. A expedição, que teria a finalidade de mapear a área para onde seria realocada a Capital Federal brasileira, está escassamente arquivada e a viagem pouco aparece nas biografias e cronologias do escritor e do geógrafo. Reúno neste artigo um discurso de Guimarães Rosa realizado na ocasião de sua posse na Sociedade Brasileira de Geógrafos (SBG),  e a "As listas de fatos a observar nos trabalhos geográficos de campo" do professor geógrafo Hilgard Sternberg. Abordagens sobre a prática de estudo de campo, sua relação com geografia, poesia e paisagem, presentes nos documentos, serão confrontadas com ideias de ambiência, a partir da compreensão de Stimmung de Hans Ulricht Gumbrech e com a compreensão de presença de Martin Seel. Os registros decorrentes das práticas de campo, presentes em cadernos de campo e esboços, serão aproximados da ideia de palavra encarnada - uma espécie de escrita permeada de rastro, através das quais podemos vislumbr os corpos, gestos, ambiências e paisagens particulares de uma situação de deslocamento e viagem.