Resumen de The Crimes, the Frauds and the Swindles of the Subprime Crisis
- English
The purpose of the article is to identify the crimes committed in the U.S.
during the subprime financial crisis and extract political criminal lessons from them. In order to understand the structural and circumstantial criminogenic factors that operated during each of the five phases of the crisis, our analysis will use Hyman Minsk’s and Charles Kindleberger’s financial instability modelling as the theoretical framework and, to identify the crimes committed during each phase, will cross- reference the economic causalities identified by the financial literature as essential to the development of the housing bubble and to the outbreak of the crisis with the criminal convictions, administrative penalties and civil settlements resulting from fraudulent behaviours related to the subprime crisis in the U.S. Despite the importance of systemic problems to the outbreak of the crisis, and the recognition that financial crime was not its main cause, we conclude that inherent fragilities of the financial system, associated with the development of a criminogenic environment within many financial institutions, fostered the occurrence of several forms of misbehaviour, among which some had a criminal nature with a common fraudulent core and a similar modus operandi of taking the reward and passing along the risk to others within all stages and levels of the mortgage origination and securitization food chain. The main value of the research is the adoption of Minsky’s and Kindleberger’s financial instability modelling as the theoretical framework in order to understand the economic causalities that were essential to the development of a financial bubble and the outbreak of the subprime crisis and the cross- reference of those causalities with the convictions and settlements in different legal scopes, namely administrative, civil and criminal ones.
- português
O objetivo do artigo é identificar os crimes cometidos nos EUA durante a crise financeira do subprime e extrair lições políticas criminais. A fim de compreender os fatores criminógenos estruturais e circunstanciais que operaram durante cada uma das cinco fases da crise, nossa análise usará a teoria da instabilidade financeira de Hyman Minsk e Charles Kindleberger como referencial teórico e, para identificar os crimes cometidos em cada fase, vai cruzar as causalidades económicas identificadas pela literatura financeira como essenciais para o desenvolvimento da bolha imobiliária e para a eclosão da crise com as condenações criminais, penalidades administrativas e acordos civis decorrentes de comportamentos fraudulentos relacionados à crise do subprime nos Estados Unidos. Apesar da importância dos problemas sistêmicos para a eclosão da crise e do reconhecimento de que a criminalidade financeira não foi sua principal causa, concluímos que as fragilidades inerentes ao sistema financeiro, associadas ao desenvolvimento de um ambiente criminógeno em muitas instituições financeiras, fomentaram a ocorrência de várias formas de desvio de comportamento, entre as quais alguns com natureza criminosa tendo um núcleo fraudulento comum e um modus operandi semelhante de receber a recompensa e repassar o risco a outros em todas as fases e níveis da cadeia de criação e securitização de hipotecas. O principal diferencial da pesquisa é a adoção da teoria da instabilidade financeira de Minsky e Kindleberger como referencial teórico para entender as causalidades económicas que foram essenciais para o desenvolvimento da bolha financeira e a eclosão da crise do subprime e o cruzamento destas causalidades com condenações a acordos em diversos âmbitos legais, nomeadamente administrativo, civil e criminal.
