“Una mujer soltera es un caos, un desorden de la naturaleza”. Representaciones femeninas en el cine de María Luisa Bemberg

• Lizel Tornay ^[1]
  1. [1] Universidad de Buenos Aires

     Universidad de Buenos Aires

     Argentina

     
• Localización: Cuadernos del Centro de Estudios en Diseño y Comunicación. Ensayos, ISSN-e 1853-3523, ISSN 1668-0227, Nº. 201, 2023, págs. 209-219
• Idioma: español
• Enlaces
  • Texto completo (pdf)
• Resumen
  • español

    La realización y exhibición de un film constituye una acción simbólica, en cuyo caso, se trata de, según Michael De Certau (1995; 32), “algo que significa más de lo que hace […] Una acción simbólica no cambia nada, crea posibilidades relativas a imposibilidades admitidas y no dilucidadas”.

    Qué posibilidades evidenció la película Camila (María Luisa Bemberg, 1984) en el momento de su realización y exhibición? Qué disputas indicó en torno a las construcciones de género? Qué relaciones de violencia visibilizó frente al poder del Estado? Qué desafíos abordó respecto a la construcciones visuales de las mujeres? Se trata de un film que narra un acontecimiento ocurrido a mediados del siglo XIX. Su exhibición, en 1984, visibilizó una temática que el feminismo europeo, estadounidense y americano estaba discutiendo. En el ámbito local, donde recién había retornado la democracia después de años de violenta represión dictatorial, esta película encontró un amplio interés.

    Este trabajo abordará el análisis del mencionado film a la luz de las tensiones y las búsquedas que en ese momento intentaban dilucidar las dificultadas admitidas para la vida de las mujeres.

  • English

    The making and showing of a film constitutes a symbolic action, in which case, according to Michael De Certau (1995; 32), it is “something that means more than what it does [...] A symbolic action does not change anything, it creates possibilities relative to admitted and unexplained impossibilities”.

    What possibilities did the film Camila (María Luisa Bemberg, 1984) reveal at the time of its making and screening? What disputes did it indicate around gender constructions? What relations of violence did it make visible in relation to the power of the state? What challenges did it address with regard to the visual constructions of women? This is a film that narrates an event that took place in the mid-19th century. Its exhibition in 1984 made visible an issue that European, American and American feminism was discussing. In the local sphere, where democracy had only recently returned after years of violent repression by the dictatorship, this film met with widespread interest.

    This paper will approach the analysis of this film in the light of the tensions and searches that at that time were trying to elucidate the admitted difficulties for women’s lives.

  • português

    A realização e a exibição de um filme constituem uma ação simbólica, e nesse caso, segundo Michael De Certau (1995; 32), é “algo que significa mais do que aquilo que faz [...] Uma ação simbólica não muda nada, cria possibilidades relativas a impossibilidades admitidas e inexplicadas”.

    Que possibilidades o filme Camila (María Luisa Bemberg, 1984) revelou na época de sua realização e exibição? Que disputas indiciava em torno das construções de género? Que relações de violência tornava visíveis em relação ao poder do Estado? Que desafios enfrentou no que respeita às construções visuais das mulheres? Este é um filme que narra um acontecimento que teve lugar em meados do século XIX. A sua exibição em 1984 tornou visível uma questão que o feminismo europeu, americano e norte-americano estava a discutir. Na esfera local, onde a democracia tinha regressado recentemente após anos de repressão violenta pela ditadura, este filme suscitou um interesse generalizado.

    Este artigo abordará a análise deste filme à luz das tensões e buscas que, na altura, tentavam elucidar as dificuldades admitidas para a vida das mulheres.