No âmbito de um programa de investigação que visa aprofundar o conhecimento sobre as relações entre Discurso sobre droga e o exercício de várias formas de dominação sobre grupos de consumidores, defende-se neste artigo que a fala do dia a dia tem um papel crucial na consolidalição e na reprodução persuasiva de preconceitos sobre consumidores, preconceitos esses que são efeitos e simultaneamente possibilitam o exercício da dominação. Com base no conhecimento produzido pela anáise Crítica do Discurso sobre o funcionamento do «discurso da Diferença». mostramos como esses preconceitos enviesam a leitura de experiências pessoais com consumidores narradas nas conversas e emprestam as narrativas a consensualidade necessária a sua força persuasiva. Defendemos também que as histórias que circulam de boca em boca sobre consumidorespodem funcionar como um mecanismo argumentativo ideológico crucial na reprodução e justificação da distinção e da rejeição dos consumidores, contribuindo assim, indirectamente, para a manutenção da sua posição subordinada.
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