Felisbela Lopes, Manuel Pinto, Madalena Oliveira, Manuel Gama
Se por noticiário televisivo entendermos um conjunto de peças organizadas de modo global, um alinhamento deverá sempre funcionar como um todo, apresentando uma evolução na continuidade. Se por alinhamento do telejornal concebermos a imagem de um continuum ao longo do qual as notícias passam de quentes a frias, de sérias a lúdicas, a primeira notícia, a de abertura, apresenta um particular interesse. Ela reflecte aquilo que de mais importante acontece no país e no mundo, integra-se num conjunto de que se espera uma certa coerência e assume-se como o mais significativo do noticiário: é a primeira. Neste artigo analisamos a abertura do Telejornal da RTP desde 1959 até 2009. Distinguimos nesse trabalho quatro períodos que nos parecem distintos na História da Televisão Portuguesa: 1) o Estado Novo; 2) o 25 de Abril; 3) os anos de democracia em regime de monopólio televisivo; e 4) o período pós-TV privadas. Através desta análise queremos conhecer aquilo que, em meio século, o mais antigo programa de informação considerou ser o mais relevante no país e no mundo e, através disso, perceber a evolução dos registos de noticiabilidade aí destacados, o que nos ajudará a compreender melhor a evolução do jornalismo televisivo.
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