É minha intenção levantar breves questões a partir da experiência, amplamente partilhada, de termos um corpo que, por vezes, é um corpo em estado de «doença». Sob fundo de interdito, o corpo foi objecto, nos últimos séculos, de uma vigilância que adensou o desconhecimento sobre as suas manifestações, gerando uma enorme opacidade na relação de cada um com o corpo que tem. Interrogaremos aqui o corpo como uma entidade complexa que gere e emite informações, e não como mero receptáculo para vírus e outros agentes do «mal». Diferentes contextos e motivações revelam corpos distintos. E assim, o «corpo doente» será entendido a partir do princípio de um corpo em transformação, cuja leitura será possível à luz do seu percurso, físico, emocional e relacional.
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