Traçar o panorama do ensino da Comunicação em Portugal é o propósito deste artigo. Para tal, problematiza-se o conceito de comunicação e as fronteiras delimitadoras da respectiva área disciplinar. Face a uma concepção mediática da comunicação, reduzida às técnicas de difusão à distância de mensagens e a uma perspectiva de comunicação meramente instrumental (a qual se traduz num ensino de natureza profissionalizante) e ainda face a uma concepção informativa da comunicação, entendida como a transmissão de um saber (confundindo-se a comunicação com a informatização), propõe-se antes uma concepção crítica da comunicação enquanto aquela que, tomando a linguagem como objecto autónomo do saber, deverá, de facto, ocupar o seu lugar na Universidade.
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