During the COVID-19 pandemic, the Portuguese news media assumed a crucial role in informing the population, striving to develop knowledge about the disease, and promoting preventive behaviours to reduce transmission. To do so, they relied mainly on experts. While official interlocutors were still present in journalistic texts, scholars and physicians gained significant visibility. This article analyses how specialised sources contribute to news content in the Portuguese press. It presents findings from a study on the coverage of COVID-19. This study examines editions of the Portuguese newspapers Público and Jornal de Notícias during the state of emergency periods from March to May 2020, November to December 2020, and January to February 2021. The corpus of analysis includes 2,933 news texts and 6,350 sources: during the first phase of the national emergency, 1,850 texts were published, citing 4,048 sources; in the second phase, 457 texts were published, citing 857 sources; finally, during the third phase, 626 texts were published, citing 1,445 sources. The content analysis findings highlight the strength of professionals as reliable sources of information, particularly health professionals and scholars from the medical and social sciences. Regardless of their position, experts are more prominent in the media than official sources.
Durante a pandemia de COVID-19, os media noticiosos portugueses assumiram um papel fundamental na informação da população, empenhando-se em desenvolver o conhecimento sobre a doença e em promover comportamentos de prevenção para reduzir a transmissão. Para isso, socorreram-se de modo especial dos especialistas. Foi através deles que as redações procuraram dar respostas e encontrar soluções. É verdade que os interlocutores oficiais continuaram a ser recorrentes nos textos jornalísticos, mas os especialistas, nomeadamente os académicos e os médicos, adquiriram grande visibilidade. Este artigo estuda a presença das fontes especializadas nos conteúdos jornalísticos da imprensa portuguesa, apresentando parte dos resultados de uma investigação que analisou a mediatização da COVID-19. A base do estudo são as edições dos jornais Público e Jornal de Notícias, referentes ao período em que vigorou o estado de emergência em Portugal (de 18 de março a 2 de maio de 2020, de 9 de novembro a 23 de dezembro de 2020 e de 15 de janeiro a 26 de fevereiro de 2021), compondo-se o corpus de análise por 2.933 textos noticiosos e 6.350 fontes: 1.850 textos foram publicados durante a primeira fase de emergência nacional, citando 4.048 fontes; 457 foram publicados na segunda fase, apresentando a citação de 857 fontes e 626 foram publicados na terceira fase, citando 1.445 fontes. Os resultados da análise de conteúdo evidenciam a força dos profissionais enquanto fontes de informação, particularmente os profissionais da saúde e os académicos das áreas médicas e das ciências sociais. Os especialistas ultrapassaram, em termos de presença nos meios estudados, as fontes oficiais, quer ocupassem ou não cargos de destaque.
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