Santo Ildefonso, Portugal
Socorro, Portugal
O Estado composto pela República Sérvia (Republika Srpska) e pela Federação Bósnia e Herzegovina, que ocupa a Península Balcã a oeste da Europa, tem um histórico belicista que indiciará uma situação de necessária recuperação a longo prazo. Na sua História contemporânea, o país foi controlado pelo império Austro-húngaro, desde 1878 devido à sua cedência pelos otomanos, através do Tratado de Berlim, dado que aquele império já tinha invadido este território, o que aliado à revolta herzegóvina de 1875, motivada pelas reformas que perseguiam os católicos, forçou a incapacidade dos otomanos de manterem estes territórios. Com a administração austro-húngara e respetivas reformas levadas a cabo, mas enquanto colónia, notaram-se os desenvolvimentos nestes territórios, social e economicamente, mas o insucesso deda mutação cultural destes povos aproximava-os de uma identificação mais croata ou sérvia do que propriamente austro-húngara. A outubro de 1908, a notícia de que os territórios bósnios e herzegóvinos seriam integralmente anexados ao império, que até então apenas os administrava enquanto colónia, exacerbou sentimentos nacionalistas que fizeram despoletar revoltas. A tensão cresceu, sendo este um dos motivos que levou à Primeira Guerra Balcã de 1912 e 1913 e que também motivou a conhecida morte do Arquiduque Franz Ferdinand, a 28 de junho de 1914 numa sua visita a Sarajevo, com o apoio dos sérvios, que partilhavam do sentimento de revolta para com o império austro-húngaro e não pretendiam aquela anexação. A declaração de guerra por este império à Sérvia foi o puxar de uma pequena ponteira, cujo cordão era extenso, tendo apenas encontrado o seu fim em 1918, com o encerramento da I Guerra Mundial, mas só mesmo com este final é que os bósnios e herzegóvinos se conseguiram afastar dos austro-húngaros. Posteriormente, os políticos bósnios e herzegóvinos optaram por acompanhar a constituição da Jugoslávia, juntamente com os sérvios, croatas e eslovenos, voltando à autonomia.
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