Resumen de A análise do "Observatório Eleitoral Internacional"
Desde a publicação do primeiro número da II Série, da revista POLIS, o “Observatório Eleitoral Internacional” já procedeu à análise de sessenta e dois actos eleitorais2, incluindo aquela que agora se publica. Essa análise, obedecendo a uma perspectiva progressivamente multidisciplinar, tem procurado conciliar o enquadramento jurídico- -constitucional das eleições, com a identificação das consequências políticas, económicas e sociais dos resultados eleitorais verificados. Este é, assim o consideramos, um aspecto identificador e até diferenciador do trabalho que vimos desenvolvendo, beneficiando do facto de termos uma equipa constituída por investigadores do direito constitucional eleitoral, da ciência política, das relações internacionais e da economia. Esta específica circunstância tem-nos permitido investigar e estudar os actos eleitorais, com uma lógica transversal e não auto-limitada por uma única área do saber. A interacção conseguida tem assim contribuído para uma compreensão do fenómeno eleitoral nas suas mais variadas dimensões, nomeadamente naquela que abrange a política externa dos Estados, e também para a apresentação de conclusões que constituem em si próprias um acervo de sustentado conhecimento dos Estados cujas eleições são observadas. Inspirado na visão aristotélica do estudo da Política, o Observatório Eleitoral Internacional tem deste modo procurado relevar a directa relação das eleições e dos sistemas eleitorais, com as demais vertentes de acção e de intervenção dos Estados seja no seu plano interno, seja no seu plano externo. Trata-se afinal de sempre compreender o fenómeno eleitoral, nas suas diversas componentes, como parte activa e determinante de todo o fenómeno político.
