Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Resumen de Idílio 11 de Teócrito: Amor, cegueira e glória

Loukas Papadimitropoulos

  • español

    Perhaps the strangest feature of Theocritus’ Idyll 11 is the fact that the Hellenistic poet selects a mythological creature notorious for its barbarism and inhumanity, in order to validate his thesis that poetry is the only medicine for love, the most distinctively ennobling and human of all emotions. The aim of this article is to demonstrate that Theocritus has chosen Polyphemus as an exemplum for his premise because he had been consistently associated in mythology with being blinded. His intention is to show through an elaborate network of interconnected verbal repetitions, as well as literary allusions, which essentially create a subtext to his work, that love, at least as it is experienced by the main character of the Idyll, is a form of self-inflicted blindness, but that, nevertheless, it entails a kind of personal glory. Although Galateia does not respond to Polyphemus’ erotic call, his repeated singing incorporates her —irrespective of her will — into his life; in her absence she is always present, in his erotic failure the Cyclops artistically succeeds. This contiguity of opposites constitutes the core of Theocritus’ proposed medicine: he wants to remain perpetually in love and through his art to make this feeling a part of his everyday life. This is the only way he can control it. In true Hellenistic fashion his principal aim is not erotic gratification, but poetic success. And love exacerbated, but ultimately controlled through song, love condemned to remain unfulfilled, is his chief helper in this task. It is the “blindness” that leads to his glory

  • português

    A maior singularidade do Idílio 11 de Teócrito encontra-se provavelmente no facto de o poeta helenístico ter escolhido uma criatura mitológica marcada pelo barbarismo e pela desumanidade para validar a tese segundo a qual a poesia se apresenta como o único bálsamo para o amor – a mais nobre e humana das emoções. O objetivo deste artigo é demonstrar que Teócrito escolheu Polifemo como exemplum da sua premissa por esta criatura ter sido constantemente associada na mitologia à cegueira. A intenção do poeta é a de revelar, através de uma elaborada rede de repetições verbais interrelacionáveis e de alusões literárias que funcionam como um subtexto do seu trabalho criativo, que o amor, pelo menos tal como é experienciado pelo protagonista do Idílio, é uma forma de cegueira autoinflingida, que, apesar de tudo, encerra uma espécie de glória pessoal.

    Embora Galateia não responda ao apelo erótico de Polifemo, o canto incessante do amador incorpora-a involuntariamente na sua vida; mesmo ausente, Galateia está sempre presente. Apesar do seu falhanço erótico, o Ciclope triunfa artisticamente. Este jogo de opostos está no âmago da medicina proposta por Teócrito: ele deseja continuar apaixonado e, através da sua arte, este sentimento passa a fazer parte do seu quotidiano. Essa é a única maneira de controlar o amor. Fiel à tradição helenística, o seu propósito não é o de alcançar a gratificação erótica, mas sim o sucesso poético. E o amor exacerbado, mas controlado pelo canto, o amor condenado ao incumprimento é o principal móbil nesta tarefa. É a cegueira que o leva à glória.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus