Cangaceiros e sua existência ético-estética: entre dândis do sertão e banditismo social

• Autores: Ana Carolina Acom
• Localización: dObra[s]: revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, ISSN 1982-0313, ISSN-e 2358-0003, Nº. 39, 2023, págs. 38-60
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Cangaceiros and their ethical-aesthetic existence: between sertão dandies and social banditry
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• Resumen
  • English

    This article brings a post-doctoral investigation into the ethical-aesthetic mode of existence of the cangaceiros. Cangaço is an outlaw subculture movement in North-east Brazil that dates back to the mid-nineteenth century. This research reflects on the aes-thetics of the band of Lampião, active between the 1920s and 1940s. The aesthetics of the cangaço is remarkable for the leather clothing, originated from the cowboy in the region, but which constitutes a unique appearance, full of symbolic embroidery, metallic props and compositions between warlike and adornable functionalities. The study contemplates the meanings of modernity in authors such as Walter Benjamin and Charles Baudelaire, and how their concepts are thought of in the appearance of ambiguous subjects who lived in a nomadic way in the caatinga, in the northeastern sertão. Among the instances in which the cangaceiro is located in popular culture, the article demonstrates its presence in the transi-tion from classical-industrial cinema to authorial experimentation in Cinema Novo

  • português

    Este artigo traz uma investigação de caráter pós-doutoral sobre o modo de existência ético-estético dos cangaceiros. O Cangaço é um movimento da subcultura fora- -da-lei, no Nordeste do Brasil, que remonta a meados do século XIX. Esta pesquisa reflete sobre a estética do bando de Lampião, em atuação entre os anos de 1920 a 1940. A estética do cangaço é marcante pela indumentária de couro, originada do vaqueiro da região, mas que constitui-se em aparência única, repleta de bordados simbólicos, adereços metálicos e composições entre funcionalidades bélicas e adornáveis. O estudo contempla os significados da modernidade em autores como Walter Benjamin e Charles Baudelaire, e como seus conceitos são pensados na aparição dos sujeitos ambíguos que viviam de forma nômade na caatinga, no sertão nordestino. Entre as instâncias que o cangaceiro se situa na cultura popular, o artigo demonstra sua presença na transição do cinema de caráter clássico-industrial para a experimentação autoral no Cinema Novo.