Jorge Luis Pineda Garcia, Simone Grace De Barros
Existe uma discussão crescente na mídia e no jornalismo especializado em moda, que sugere uma maior aproximação por parte do público masculino à adoção da saia como vestimenta. No entanto, no nordeste brasileiro, visualizar homens vestindo a peça continua sendo um fato esporádico. Portanto, nosso trabalho buscou dar visibilidade real aos usuários de saia masculina, estabelecendo a cidade do Recife como ponto de referência para nossas investigações. Os estudos concebidos sobre o masculino (Connell, 1995; Kimmel, 1997) e sobre a história regional (Albuquerque, 1999, 2009; 2013) foram as bases teóricas para este trabalho, o qual se guiou pelos seguintes questionamentos: quem são esses homens, que espaços ocupam e quais são as adversidades que enfrentam por usarem uma peça tida como feminina no imaginário coletivo? Concluiu-se, assim, que as particularidades que acompanham o ato de vestir uma saia masculina estão ligadas ao contexto, à educação e à cultura próprios da região, sendo o histórico patriarcal da cidade um fator determinante nas novas masculinidades.
There is a growing discussion in the media and specialized fashion journalism that suggests a greater inclination on the part of the male audience towards adopting skirts as attire. However, in the northeastern region of Brazil, seeing men wearing this garment remains sporadic. Our work aimed to bring real visibility to male skirt wearers, and we established the city of Recife as a reference point for our investigations. Studies on masculinity (Connell, 1995; Kimmel, 1997) and regional history (Albuquerque, 1999, 2009, 2013) served as the theoretical foundation for this research, which was guided by the following questions: who are these men, what spaces do they occupy, and what are the adversities they face for wearing an item considered feminine in the collective imagination? It was concluded that the specifics accompanying the act of wearing a male skirt are linked to the region’s context, education, and culture, and that the city’s patriarchal history still influences new forms of masculinity.
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