Joranaide Alves Ramos, Sávio Roberto Fonseca de Freitas
The literature produced in Mozambique often focuses on resuming roots and individual and collective memories prior to the colonization process, as well as criticizing this process. Thinking about this, the aim of this article is to analyze how land, voice and body are territories of re-existence[s] for subordinated peoples, such as the African, based on the reading of three poems from Sangue Negro (2016), by Noémia de Sousa, as well as the collaboration of this poetry to the Mozambicanity project. To this end, we carried out an exploratory, bibliographic and qualitative study, based on Haesbaert (2021), Secco (2016), Kilomba (2019), Ribeiro (2017), Noa (2016), Mendonça (2016), among others. From the analysis of the listed categories, it is clear that the poetry of Noémia de Sousa is an important tool for the building and enhancing the aforementioned project. Her poetry is directly engaged and, through an epic, collective and combative tone, summons her people to fight for freedom, creating poetic images that reveal African memories and ancestry.
A literatura produzida em Moçambique, muitas vezes, volta-se para a reassunção das raízes e memórias individuais e coletivas anteriores ao processo de colonização, bem como, para a crítica a este processo. Pensando sobre isso, o objetivo deste artigo é analisar como terra, voz e corpo são territórios de r-existência[s] para povos subalternizados, como o africano, a partir da leitura de três poemas de Sangue Negro (2016), de Noémia de Sousa, bem como a colaboração desta poesia para com o projeto de moçambicanidade. Para tanto, realizamos um estudo exploratório, bibliográfico e qualitativo, baseado em Haesbaert (2021), Secco (2016), Kilomba (2019), Ribeiro (2017), Noa (2016), Mendonça (2016), entre outros. A partir da análise das categorias elencadas, percebe-se que a poesia de Noémia de Sousa é uma ferramenta importante para construção e potencialização do referido projeto. Sua poesia é diretamente engajada e, através de um tom épico, coletivo e combativo, convoca seu povo para lutar por liberdade, criando imagens poéticas que revelam memórias e ancestralidades africanas.
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