Gabriela Grandino Rodrigues dos Santos, Kátia Terezinha Alves Rezende, Ione Ferreira Santos, Mara Chirelli, Silvia Franco da Rocha Tonhom, Cristina Peres Cardoso
A Atenção Primária à Saúde (APS) atende às necessidades individuais e coletivas da sua população adstrita. Dessa forma, considera-se que a equipe de saúde acolhe as mulheres, que sofreram violência. Contudo, os estudos mostram a fragilidade nos atendimentos a esse grupo. Nesse sentido, questiona-se, especificamente, a atuação dos enfermeiros. Eles são capazes de reconhecer, de maneira precoce, as usuárias do serviço de saúde, que sofrem, ou que correm risco de sofrer violência? Denunciariam a violência contra mulheres atendidas, na unidade de saúde? Existe um ditado, muito forte no Brasil, que diz: “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”. Será que esta crença interfere nas ações dos enfermeiros da Atenção Primária à Saúde (APS)? Diante deste contexto, a pergunta desta investigação é: “Como o enfermeiro atua perante a violência contra a mulher na APS?” Objetivo: Identificar e sistematizar a atuação do enfermeiro perante a violência contra a mulher na APS. Método: Utilizou-se da Revisão Integrativa, buscando nas bases de dados LILACS e BDENF, no período entre 2011 a 2021, e nos idiomas inglês e português, artigos que respondiam à pergunta de pesquisa. Resultados: Os encaminhamentos para serviços especializados, serviço social e de psicologia, construção do vínculo, acolhimento e empatia são atuações promovidas pelos enfermeiros na APS. Considerações Finais: Considera-se que a revisão integrativa alcançou os objetivos propostos, uma vez que foi possível identificar e sistematizar a atuação do enfermeiro. Este profissional possui o papel de coordenador e, por sua vez, integrador da equipe. É importante que o mesmo elabore atividades de capacitação, atue com uma visão holística e multiprofissional, devido à alta complexidade da violência doméstica contra a mulher.
Primary Health Care (PHC) meets the individual and collective needs of its assigned population. Thus, it is considered that the health team welcomes women who have suffered violence. However, studies show the fragility of care for this group. In this sense, the role of nurses is specifically questioned. Are they able to recognize, at an early stage, users of the health service who suffer, or who are at risk of suffering violence? Would they denounce violence against women assisted at the health unit? There is a saying, very strong in Brazil, that says: "in a fight between husband and wife, don't get involved". Does this belief interfere with the actions of Primary Health Care (PHC) nurses? Given this context, the question of this investigation is: “How do nurses act in the face of violence against women in PHC?” Objective: To identify and systematize the role of nurses in the face of violence against women in PHC. Method: The Integrative Review was used, searching the LILACS and BDENF databases, in the period between 2011 and 2021, and in English and Portuguese, for articles that answered the research question. Results: Referrals to specialized services, social and psychological services, bond building, welcoming and empathy are actions promoted by nurses in PHC. Final Considerations: It is considered that the integrative review achieved the proposed objectives, since it was possible to identify and systematize the nurse's performance. This professional has the role of coordinator and, in turn, integrator of the team. It is important that he develop training activities, act with a holistic and multidisciplinary vision, due to the high complexity of domestic violence against women.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados