Giovana Barbieri Galeano, Neuza Maria de Fátima Guaresch
Discutiremos la forma en que las tecnologías digitales han puesto en tensión las relaciones de poder y conocimiento en torno al problema de la verdad en el ámbito de la seguridad pública. Entre las diversas tecnologías digitales, las que capturan imágenes se han convertido en un hito importante para los procesos penales, ya que se supone que garantizan la correcta identificación del autor de los delitos y la condena adecuada basada en pruebas fiables y libres de interferencias subjetivas. Sin embargo, estas tecnologías no se producen de forma neutral en relación con las sociedades en las que operan, ni tampoco sus productos. Es decir, en sociedades estructuradas sobre el racismo y la blancura, actualizadas por la colonialidad del poder, las instituciones y estrategias de gestión de espacios y poblaciones reproducirán las lógicas estructurales de identificación, jerarquización y calificación de las existencias. Las iconografías que nos sirven de materialidad para problematizar las relaciones de poder en el campo de las prácticas de seguridad son aquellas de la población civil, afectada de forma desigual por las estrategias de violencia/seguridad, y la policía como institución que visibiliza el monopolio de la violencia en los estados democráticos.
We discuss how digital technologies have put a strain on the relations of power and knowledge surrounding the problem of truth in the field of public security. Among the various digital technologies, those that capture images have become an important milestone for criminal proceedings, as they are supposed to guarantee the correct identification of the perpetrators of crimes and the proper sentencing based on reliable evidence and free from subjective interference. These technologies, however, are not produced neutrally in relation to the societies in which they operate, nor are their products. In other words, in societies structured on racism and whiteness, updated by the coloniality of power, the institutions and strategies for managing spaces and populations will reproduce the structural logics of identification, hierarchization, and qualification of existences. The iconographies that serve as materiality for us to problematize power relations in the field of security practices are civilians, unequally affected by violence/security strategies, and the police as an institution that makes the monopoly of violence visible in democratic states.
Discutimos o modo como as tecnologias digitais têm tensionado as relações de poder e saber em torno do problema da verdade no âmbito da segurança pública. Dentre as diversas tecnologias digitais, aquelas que captam imagens se constituíram como um marco importante para o processo penal, visto que, supostamente, garantiriam a correta identificação da autoria de crimes e o devido estabelecimento da sentença baseada em provas confiáveis e livres de interferência subjetiva. Tais tecnologias, entretanto, não são produzidas de maneira neutra em relação às sociedades em que operam, tampouco o são seus produtos. Ou seja, em sociedades estruturadas no racismo e na branquitude, atualizadas pela colonialidade do poder, as instituições e as estratégias de gestão dos espaços e das populações reproduzirão as lógicas estruturais de identificação, hierarquização e qualificação das existências. As iconografias que nos servem de materialidade para problematizarmos as relações de poder no campo das práticas de segurança são a dos civis, desigualmente atingidos pelas estratégias de violência/segurança, e a polícia como instituição que visibiliza o monopólio da violência em Estados Democráticos.
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