Este artigo tem como objetivo mostrar que a crise internacional de 2008, sob o contexto do novo eixo geoeconômico mundial sino-americano, gerou uma bifurcação histórica que, por uma lado, abriu “janelas de oportunidades” para a inserção externa brasileira – dada a nova divisão internacional do trabalho em curso – e, por outro, criou ameaças a essa inserção em virtude da ampliação da especialização regressiva da pauta exportadora e da estrutura da indústria nacional. Os dados da economia internacional e brasileira mostraram que o debate sobre as oportunidades e as ameaças, oriundas da crise, ainda está em aberto na atual conjuntura nacional e internacional. Sendo assim, se queremos pensar numa trajetória de inserção soberana de longo prazo para a sociedade brasileira, faz-se necessário aprofundar a discussão a respeito dessas questões fundamentais.
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