Resumen de Os espaços de afeto em Regresso a casa, de José Luis Peixoto

Laylah Yaphah Cruz, Douglas de Sousa

• English

  This paper aims to investigate the spaces and their relationship with the poetic self in the work Regresso a casa, by the contemporary Portuguese poet José Luís Peixoto. The poet José Luís Peixoto, born in Galveias, 1974, is one prominent author of contemporary Portuguese literature. His fictional and poetic work consists of dozens of anthologies, which are studied in several national and foreign universities. The main themes that permeate Peixoto is poetics are: family relationships, rurality, as well as the relationship between human subjectivity and history. With a strong autobiographical and allegorical character, the poet represents much of Portugal and its spaces. Space is, above all, human and should not be understood as a structural form, nor as a mere element where the narrative takes place, because the subjects attribute to it the most subjective meanings found in the depths of their being and, thus, it is impractical to think of space without relating it, somehow, to a subject. Thus, in this analysis, the topophilic relations of the lyric self that returns not only to his homeland and spaces of old, but also to himself, will be mapped. To provide the necessary theoretical support to carry out the analysis proposed here are used mainly the ideas of: Antonio Candido (2006), Gaston Bachelard (1978), Ozíris Borges Filho (2020), Yi-fu Tuan (1983).

• português

  Este trabalho objetiva investigar os espaços e quais suas relações com o eu poético na obra Regresso a casa, do poeta português contemporâneo José Luís Peixoto. O poeta José Luís Peixoto, nascido em Galveias, 1974, é um autor de grande destaque na literatura portuguesa contemporânea. Sua obra ficcional e poética consiste em dezenas de antologias, que são estudadas em diversas universidades nacionais e estrangeiras. Os principais temas que permeiam a poética de Peixoto são: relações familiares, ruralidade, bem como as relações entre a subjetividade humana e a história. Com um forte caráter autobiográfico e alegórico, o poeta representa muito de Portugal e seus espaços. O espaço é, antes de tudo, humano e não deve ser entendido como forma estrutural, nem como mero elemento onde se passa a narrativa, pois os sujeitos atribuem a ele as significações mais subjetivas encontradas no recôndito de seu ser e, desse modo, é impraticável se pensar em espaço sem relacioná-lo, de alguma maneira, com um sujeito. Assim, nesta análise as relações topofílicas do eu lírico que regressa não somente à sua terra natal e espaços de outrora, mas também a si mesmo, serão mapeadas. Para prover o aporte teórico necessário para realização das análises aqui propostas são utilizados, sobretudo, as ideias de: Antonio Candido (2006), Gaston Bachelard (1978), Ozíris Borges Filho (2020), Yi-fu Tuan (1983).