O protagonismo do Consejo Mexicano de Fotografia no processo de decolonização da fotografia latino-americana

• Conterno, Fábio Luiz ^[1] ; Silva, Acir Dias da ^[1]
  1. [1] Universidade Estadual do Oeste do Paraná

     Universidade Estadual do Oeste do Paraná

     Brasil

     
• Localización: Travessias, ISSN-e 1982-5935, Vol. 17, Nº. 3, 2023, págs. 1-12
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • The protagonism of the Consejo Mexicano de Fotografia in the process of decolonization of latin american photography
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• Resumen
  • English

    This article is a literature review of the decolonization process of Latin American photography, aiming to explain the importance of the Consejo Mexicano de Fotografia (CMF), created in Mexico City, as a leading organization in triggering this process. The study is based on authors who problematize the theoretical assumptions about the issue of Latin American coloniality, as well as on the creation of photography and its historical process in the subcontinent. We identified the emergence of a certain unity of photographers and photography scholars in Latin America, providing the organization of numerous councils and associations in Latin American countries from the creation of the Consejo Mexicano de Fotografia in 1978. The said council arose from the need to study and research the photography of the subcontinent, which until then was lacking in its own analyses and dependent on European and US production. Thus began the movement to search for a genuine identity regarding Latin American photography. This Mexican action resulted in the organization of photography councils in other countries, as well as in the holding of five editions of the event between 1978 and 1996, essential meetings for the construction of the photographic identity of the subcontinent. Therefore, we emphasize the importance of this movement for the determination of new canons in photographic research and production in Latin America.

  • português

    O presente artigo é uma revisão de literatura sobre o processo de decolonização da fotografia latino-americana, tendo por objetivo explicitar a importância do Consejo Mexicano de Fotografia (CMF), criado na Cidade do México, como organização protagonista e desencadeadora desse processo. O estudo ancora-se em autores, como Mignolo (2007), que problematiza os pressupostos teóricos acerca da questão da colonialidade latino-americana, bem como Gamarra (2020), Santos (2014), Villares (2016) e Zerwes e Costa (2017), sobre a criação da fotografia e do seu processo histórico no subcontinente. Identificamos o surgimento de uma certa unidade de fotógrafos e estudiosos da fotografia na América Latina, proporcionando a organização de inúmeros conselhos e associações nos países latino-americanos a partir da criação, em 1978 do Conselho Mexicano de Fotografia. O referido conselho surgiu da necessidade em se estudar e pesquisar a fotografia do subcontinente, até então, escassa de análises próprias e dependente da produção europeia e dos Estados Unidos. Assim deu-se início ao movimento de busca por uma identidade genuína em relação à fotografia latino-americana. Esta ação mexicana resultou na organização de conselhos de fotografia em outros países e, também, na realização de cinco edições do evento entre os anos de 1978 a 1996, encontros essenciais para a construção da identidade fotográfica do subcontinente. Desta forma, destacamos a importância desse movimento para a determinação de novos cânones na pesquisa e produção fotográfica na América Latina.