Nos últimos tempos as investigações realizadas em torno do turismo e das instituições promotoras desta actividade têm dado um âmbito mais lato a esta área de investigação. Por seu lado a utilização dos guias impressos enquanto fontes históricas têm aberto novas linhas de investigação.
A forma como evoluiu o turismo em cada país tem sido objecto de estudos que incidem quer nos aspectos económicos relacionados com o desenvolvimento desta actividade, quer nos aspectos político-culturais associados à divulgação do país, quer ainda nas interligações entre o desenvolvimento do turismo e do património cultural.
Inserindo-se numa literatura utilitária, os guias de viagem são um reflexo das alterações económicas, sociais, culturais e tecnológicas que ao longo do tempo foram sendo introduzidas nas viagens culturais ou de veraneio, que gradualmente passaram a ser realizadas por grupos sociais cada vez mais latos. A análise dos vários guias de turismo permite assim fazer uma abordagem a temas diversos. Se por um lado, os guias de viagem se podem ligar à história de arte e definem para cada momento histórico a noção de património, por outro ligam-se com a história económica ao estabelecerem interligações com os vários meios de transporte ou novas indústrias, que o desenvolvimento tecnológico e industrial foi colocando à disposição dos viajantes/turistas. Os guias foram também formas de apreensão do espaço, que contribuíram para a divulgação de novos lugares como as termas ou as praias e para a "construção" de imagens sobre as cidades ou o campo.
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