As transformações tecnológicas por que passa o mundo atual, sem dúvida, são ímpares na dimensão que alcançam e velocidade em que ocorrem. Cada vez mais, tornam-se propulsoras, direta ou indiretamente, das principais mudanças vivenciadas pela sociedade capitalista, influenciando as relações sociais de produção. Na ciência de forma geral, a Geografia é um exemplo, ocorre uma mudança crescente na forma de produzir o conhecimento. Na ciência geográfica tal movimento decorre, grandemente, do advento das chamadas geotecnologias, que se tornam a cada dia mais utilizadas. Entretanto, sua apropriação nem sempre consiste de uma visão crítica do papel que tais instrumentos podem ou devem contemplar para a reflexão e produção do conhecimento geográfico. Este trabalho propõe uma ruptura com a visão tradicional, centrada em paradigmas positivistas, que contemplam tais tecnologias como meros instrumentos e propõe uma visão centrada no materialismo histórico e dialético que busca descortinar uma autêntica economia política das geotecnologias.
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