Se produce un conflicto de intereses cuando un médico se siente indebidamente influenciado por un interés secundario (i.e., un incentivo personal) en relación con sus deberes primarios con los cuales está comprometido profesionalmente (el bienestar de los pacientes, el progreso de la ciencia o la educación de los estudiantes o residentes). Una variedad específica de conflictos de intereses ha monopolizado la atención de la prensa científica así como de la no especializada: los conflictos de intereses financieros que surgen de la relación entre médicos y compañías farmacéuticas. Una extensa literatura ha descrito las variadas maneras, a veces sutiles, por medio de las cuales un psiquiatra puede ser influenciado por sus relaciones con la industria al aconsejar hábitos, o en sus actividades de investigación. Hoy en día se puede obtener algo de evidencia empírica en esta área. Por otra parte, se ha señalado que, a veces, el actual debate sobre esta materia se ve "cargado afectivamente" o falla en considerar que los intereses de los pacientes, de sus familias y de los profesionales de la salud mental y los de la industria podrían converger. Actualmente, se está empezando a discutir acerca de otros conflictos de intereses. Existe evidencia de que la cercanía de un investigador a alguna línea de pensamiento puede influenciar los resultados de estudios al comparar diferentes técnicas psicoterapéuticas, chocando, por tanto, con el interés primario representado por el progreso de la ciencia. El compromiso político también está emergiendo como fuente de conflictos de intereses. Conflictos de intereses financieros y no financieros están muy esparcidos en la práctica y la investigación psiquiátricas. No pueden ser erradicados, pero deben ser tratados con mayor eficacia de la que se observa hoy en día.
A conflict of interests occurs when a doctor is unduly influenced by a secondary interest (i.e., a personal incentive) in his acts concerning one of the primary interests to which he is professionally committed (the welfare of patients, the progress of science or the education of students or residents). One specific variety of conflicts of interests has monopolized the attention of the scientific and lay press: the financial conflicts of interests arising from the relationships between doctors and drug companies. A large literature has described the many, sometimes subtle, ways by which a psychiatrist can be influenced in his prescribing habits or research activities by his relationships with the industry. Some empirical evidence is now available in this area. On the other hand, it has been pointed out that the current debate on this issue is sometimes "affectively charged", or fails to take into account that the interests of patients, families and mental health professionals and those of the industry may be often convergent. Other types of conflicts of interests are beginning now to be discussed. There is evidence that the allegiance of a researcher to a given school of thought may influence the results of studies comparing different psychotherapeutic techniques, thus colliding with the primary interest represented by the progress of science. Political commitment is also emerging as a source of conflicts of interests. Financial and non-financial conflicts of interests are widespread in psychiatric practice and research. They cannot be eradicated, but must be managed more effectively than is currently the case.
Ocorre conflito de interesses quando um médico se sente indevidamente influenciado por um interesse secundário (i.e., um incentivo pessoal) em relação aos seus deveres primários, com os quais está comprometido profissionalmente (o bem-estar dos pacientes, o progresso da ciência, a educação dos estudantes ou residentes). Uma variedade específica de conflitos de interesses tem monopolizado a atenção da literatura científica, assim como da não especializada: os conflitos de interesses financeiros que surgem da relação entre médicos e companhias farmacêuticas. Uma extensa literatura tem descrito as variadas maneiras, às vezes sutis, nas quais um psiquiatra pode ser influenciado devido às suas relações com a indústria ao aconselhar hábitos, ou em suas atividades de pesquisa. Hoje em dia, pode-se obter alguma evidência empírica nesta área. Por outra parte, tem-se assinalado que, às vezes, o atual debate sobre esta matéria se vê "carregado afetivamente" ou falha ao considerar que os interesses dos pacientes, de suas famílias, dos profissionais da saúde mental e os da indústria poderiam convergir. Atualmente, está se iniciando a discussão sobre outros conflitos de interesses. Existe evidência de que a proximidade de um pesquisador com alguma linha de pensamento pode influenciar os resultados de estudos ao comparar diferentes técnicas psicoterapêuticas, conflitando, portanto, com o interesse primário representado pelo progresso da ciência. O compromisso político também está emergindo como fonte de conflitos de interesses. Conflitos de interesses financeiros e não financeiros estão muito difundidos na prática e na pesquisa psiquiátricas. Não podem ser erradicados, porém devem ser tratados com maior eficácia em relação ao que se observa hoje em dia.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados