Este artículo trata de la política exterior turca hacia el continente africano en el siglo XXI. Con el fin de la Guerra Fría y del orden mundial centrado en una lógica bipolar, Turquía ha tenido mayor autonomía para gestionar sus relaciones internacionales, manteniendo una política exterior más activa al ampliar sus relaciones económicas, diplomáticas y de seguridad más allá de Occidente. En este contexto, bajo el liderazgo del Partido de la Justicia y el Desarrollo (AKP), el continente africano ha pasado a ocupar un lugar cada vez más destacado en las relaciones exteriores turcas. Así, desde principios de la década de 2000, se ha producido un aumento sustancial de la presencia de Turquía en el continente, caracterizada, entre otros aspectos, por la intensificación de los flujos comerciales bilaterales, la ampliación de la red diplomática en el continente, su participación en la mediación de conflictos y la oferta de ayuda humanitaria a los actores africanos. Así, y basándose en la literatura sobre potencias medias y potencias regionales, el estudio analiza la intensificación de los vínculos de Turquía con los países africanos desde principios del siglo XXI, entendiéndola como parte de una estrategia de proyección internacional más amplia. Para ello, el escrito adopta un enfoque hermenéutico, apoyándose en la revisión de la literatura sobre las relaciones turco-africanas y el análisis de datos cuantitativos de la evolución de estas relaciones en los ejes político, económico y de seguridad a lo largo del período en cuestión.
This article aims to analyze the Turkish foreign policy towards the African continent in the 21st century. With the end of the Cold War and the world order centered on a bipolar logic, Turkey has had greater autonomy to manage its international relations, maintaining a more active foreign policy by expanding its economic, diplomatic, and security affairs beyond the West. In this context, under the leadership of the Justice and Development Party (AKP), the African continent has come to occupy an increasingly prominent place in Turkish foreign relations. Thus, since the early 2000s, there has been a substantial increase in Turkey’s presence on the continent, characterized, among other aspects, by the intensification of bilateral trade flows, the expansion of the diplomatic network on the continent, its participation in the mediation of conflicts and the offer of humanitarian assistance to African actors. In this context, and based on the literature on Middle Powers and Regional Powers, this paper discusses the intensification of Turkey’s ties with African countries since the beginning of the 21st century, comprehending it as part of a broader international projection strategy. To this end, the study adopts a hermeneutic approach, relying on the literature review on Turkish-African relations and the analysis, supported by quantitative data, of the developments of these relations in the political, economic, and security axes throughout the period in question.
O presente artigo tem como tema a política externa turca para o continente africano no século XXI. Com o fim da Guerra Fria e da ordem mundial centrada na lógica bipolar, a Turquia passou a contar com maior autonomia para gerir as suas relações internacionais, mantendo uma política externa mais ativa ao ampliar as suas relações econômicas, diplomáticas e securitárias para além do Ocidente. Nesse contexto, sob a direção do Partido para a Justiça e Desenvolvimento (AKP), o continente africano passou a ocupar lugar de crescente destaque nas relações exteriores turcas. Assim, a partir do início dos anos 2000, verifica-se um incremento substancial da presença turca no continente, caracterizada, entre outros, pela intensificação dos fluxos comerciais bilaterais, pela expansão da rede diplomática no continente, pela sua participação na mediação de conflitos e na oferta de assistência humanitária a atores africanos, entre outros. Diante disso, o trabalho discute a intensificação dos laços da Turquia com os países do continente africano a partir do início do século XXI, compreendendo- a como parte de uma estratégia de projeção internacional mais ampla, a partir da Turquia enquanto uma Potência Regional. Para tanto, adota uma abordagem hermenêutica, apoiando-se na revisão de literatura sobre as relações turco-africanas e na análise, a partir de dados quantitativos, do desenvolvimento dessas relações nos eixos político, econômico e securitário ao longo do período em questão.
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