Brasil
O artigo reflete sobre a crise enfrentada pelo jornalismo em meio ao ambiente digital e discute a constituição de um segundo nível no seu enfrentamento. A partir da premissa da #VazaJato como típica manifestação de um ciberacontecimento jornalístico, propõe a linguagem como lugar epistêmico para a compreensão das suas afetações sobre empresas jornalísticas tradicionais; precisamente, nos movimentos do jornal Folha de S.Paulo e da revista Veja, que encampam a investigação desencadeada pelo The Intercept Brasil a partir da hipótese jornalística de que o devido processo legal não fora cumprido na operação Lava Jato. Depois de um período de reação instintiva, que ainda reivindicava a autoridade, a suspeita é que esteja em curso um movimento de defesa de uma mediação qualificada exercida pelo jornalismo ante a realidade caótica dos acontecimentos no espaço público contemporâneo brasileiro.
From crisis to qualified mediation: notes from #VazaJato as a journalistic cyberevent The article reflects on the crisis faced by journalism in the digital environment and discusses the constitution of a second level in its confrontation. Based on the premise of #VazaJato as a typical manifestation of a journalistic cyberevent, it proposes the language as an epistemic place for understanding its affectations on traditional journalistic companies; precisely, in the movements of the Folha de S.Paulo newspaper and Veja magazine, which embrace the investigation launched by The Intercept Brasil based on the journalistic hypothesis that the correct legal process had not been complied with in the Lava Jato operation. After a period of instinctive reaction, which still claimed authority, the suspicion is that there is an ongoing movement to defend a qualified mediation exercised by journalism in the face of the chaotic reality of events in contemporary Brazilian public space.
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