Marlene Guirado, Mônica J. Unger, José Fernandes, Elsa Kunze, Ana Lúcia Nabholz, Mania Deweik
O objetivo desta pesquisa foi comparar o desempenho operatório numa prova de noção de seriação em crianças provenientes de dois meios escolares: um caracterizado pela utilização do Método Montessori (Grupo M) e outro por outros métodos educacionais (Grupo O), na cidade de São Paulo. Foramutilizadas 84 crianças, metade do Grupo O e metade do Grupo M. Todas freqüentaram o Pré-Primário nas respectivas orientações. Os sujeitos de ambos os grupos eram equiparáveis segundo idade (6, 7, 8 ou 9 anos) e nível socioeconômico. Foi aplicada, também, uma prova de noção de conservação de líquido, como controle. A prova de seriação constou de duas fases: uma de ordenação de bastonete, entregues à criança de uma só vez e outra de interposição de bastonetes entregues um a um numa série fixa previamente ordenada. Em cada fase desta prova, os resultados obtidos foram classificados em não seriação (NS), seriação intuitiva (SI) ou seriação operatória (SO). A maior diferença - 22 casos para M, e 12 para O - ocorreu em SO na primeira fase. Neste sentido, deve-se considerar que o êxito nesta fase é diferente do êxito na segunda fase, onde a solução implica em uma operação de transitividade. A discussão beseou-se, sobretudo, nas críticas feitas por Piaget ao Método Montessori, no sentido de que a ação deste está mais voltada ao aperfeiçoamento do desempenho com materiais do que à aquisição de estruturas operatórias.
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