Abília Ana de Castro Neta, Juliana da Silva Moura, Berta Leni Costa Cardoso, Cláudio Pinto Nunes
Este artigo objetiva discutir os contextos da precarização docente na educação brasileira. Para isso, foram investigadas duas docentes que atuam na educação básica (pública e privada) em um município na região sudoeste da Bahia. As docentes participaram de uma entrevista semiestruturada contendo eixos norteadores relativos à precarização do trabalho docente. Com efeito, os depoimentos das participantes em consonância com os achados da literatura, denota a precarização do trabalho docente na educação brasileira, materializada, sobretudo, pelo modo em que o trabalho é organizado nos moldes do capitalismo contemporâneo. Esses depoimentos evidenciam que o fenômeno da precarização afeta consideravelmente o seu lócus de trabalho. Não obstante marcado pela flexibilização, intensificação, descumprimento da legislação educacional, a flexibilização das formas contratuais, a perda de autonomia sobre o processo de trabalho, a responsabilização, a competitividade, a desprofissionalização, a degradação, a educação e o labor da classe trabalhadora a serviço do capital, o sofrimento psíquico, o adoecimento e alienação dessa categoria profissional. Espera-se que esta investigação contribua tanto para o debate acadêmico como para a luta política e sindical dos trabalhadores contra a exploração capitalista e suas consequências para as condições de vida e trabalho daqueles que precisam vender sua força de trabalho para se reproduzir. Palavras-chave: Precarização. Trabalho docente. Neoliberalismo.
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