Peter C. Phan, José Martins dos Santos Neto
Desde o início, o ministério petrino do Papa Francisco tem sido cheio de surpresas e ele tem sido um homem de contradições. Ele tem dado esperança a muitos, cristãos, outros crentes e humanistas seculares, especialmente com sua abordagem pastoral da misericórdia, mas também tem encontrado oposição feroz, mesmo entre o escalão superior da hierarquia, alguns dos quais atacaram publicamente sua ortodoxia e pediu sua renúncia. Em seus ensinamentos sobre evangelização, casamento e sexualidade, ecologia e amizade social, Francisco abriu novos caminhos e desafiou a Igreja a tornar visível o rosto misericordioso de Deus para o mundo. Sobre o diálogo inter-religioso, o papa, como era de se esperar, reiterou amplamente os ensinamentos do Vaticano II e até agora não emitiu uma exortação apostólica ou encíclica sobre o assunto. Consistente com sua perspectiva pastoral, ele enfatizou os aspectos sociopolíticos e culturais do diálogo inter-religioso e evitou amplamente questões doutrinárias ainda controversas. Por outro lado, sua amizade com muitos líderes não-cristãos e seus vários obiter dicta ampliaram o horizonte inter-religioso e abriram a porta para novas explorações na teologia da religião e o escopo do encontro inter-religioso. Seu reconhecimento explícito das religiões não-cristãs como “canais” do Espírito Santo sugere seu papel como meios de salvação não apenas para seus adeptos, mas também de certo modo para os cristãos. Além disso, os quatro princípios da metafísica franciscana sugerem maneiras novas e eficazes de conduzir o diálogo inter-religioso.
From its very beginning, Pope Francis’s Petrine ministry has been full of surprises and he has been a man of contradictions. He has given hope to many, Christians, other believers, and secular humanists, especially with his pastoral approach of mercy, but he has also met with fierce opposition, even among the upper echelon of the hierarchy, some of whom have publicly attacked his orthodoxy and called for his resignation. In his teachings on evangelization, marriage and sexuality, ecology, and social friendship, Francis has opened new paths and challenged the church to make visible the merciful face of God to the world.On interreligious dialogue, the pope, as to be expected, has largely reiterated the teachings of Vatican II and so far has not issued an apostolic exhortation or encyclical on the subject. Consistent with his pastoral outlook he has emphasized the socio-political and cultural aspects of interreligious dialogue and has largely avoided still controverted doctrinal issues. On the other hand, his friendship with many non-Christian leaders and his several obiter dicta have enlarged the interreligious horizon and opened the door for further explorations in the theology of religion and the scope of the interreligious encounter. His explicit acknowledgment of non-Christian religions as “channels” of the Holy Spirit hints at their role as ways of salvation not only for their adherents but also in certain ways for Christians. Furthermore, the four principles of Francisian metaphysics suggest novel and effective ways of conducting interreligious dialogue.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados