The present paper, starting from the articulation of the concepts of dialogism, as initially defended by Bakhtin, argues that a film is a cultural product inscribed in a socio-historical period. The proposal was to interrogate the film, since it offers a set of representations that refer directly or indirectly to the society. For that, the film Melancolia, by director Lars von Trier, was chosen as the work analyzed. The methodology used was a qualitative approach, with procedures for a deconstruction of some scenes, chosen in a non-probabilistic way, but that contemplate the whole in its parts. The analysis focused in particular on the direction of photography and the analysis of the script as a philosophical argument, all to understand the major discursive construction proposed in the work. This paper has a philosophical-eschatological analysis and a search to understand how the direction of photography helps to better build the end of the world. Thus, the narrative of the film is better understood when thought from intertextuality, when considering the various voices of speech, such as chromatic color, paintings, formats, history, works of art (patterns and processes inserted in the film).
O presente trabalho, a partir da articulação inicial dos conceitos de dialogismo, tal como defendido inicialmente por Bakhtin, argumenta que um filme é produto cultural inscrito em um período sócio-histórico. Assim, a proposta que aqui se sucede é buscar interrogá-lo, já que ele oferece um conjunto de representações que remetem direta ou indiretamente à sociedade na qual se inscreve. Para tanto, se escolheu como obra analisada o filme Melancolia, do diretor Lars von Trier. A metodologia utilizada foi a abordagem qualitativa, com procedimentos para uma desconstrução de algumas cenas, escolhidas de maneira não probabilística, mas que contemplem o todo em suas partes. A análise se focou, em especial, na direção de fotografia e na análise do roteiro como argumento filosófico, tudo para se entender a construção discursiva maior proposta na obra. Assim, se procedeu a uma análise filosófico-escatológica e a uma busca por entender como a direção de fotografia ajuda a compreender melhor a obra em questão dentro da discussão sobre o fim do mundo. Dessa forma, a narrativa do filme é mais bem entendida quando pensada a partir da intertextualidade, ao se considerar as diversas vozes que compõem o discurso, tais como o acorde cromático, os quadros, os formatos, a história, a discussão escatológica, as obras de arte, enfim, todos os padrões e processos inseridos no filme.
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