Resumen de Do racismo ambiental ao saberes socioambientais: diálogo entre mestres dos saberes e sujeitos aprendentes na comunidade quilombola do Degredo

Débora Lázara Rosa, Jadilson Lino de Oliveira Gomes, Manuella Villar Amado

• English

  The present study acknowledges and values multiple forms of knowledge across different social and cultural contexts, fostering intercultural dialogues by examining formative experiences from a Freirian perspective, promoted by the Rio Doce Escolar Project, within the Quilombola Community of Degredo in the municipality of Linhares/ES. This approach is based on research methodology, with an emphasis on Oral History. The study highlights the deep understanding of the community's Knowledge Masters following the rupture of the Samarco mining company's dam in the municipality of Bento Rodrigues, in Mariana/MG, which affected the entire length of the Rio Doce, from Minas Gerais to its mouth, where the Quilombola territory is located. The findings point to the need to recognize and value the many voices that advocate for the traditional knowledge of Quilombola communities in addressing environmental racism. This struggle arises from the interconnectedness of climate, racial, and social justice, emphasising the importance of including multiple voices in decision-making processes, debates and environmental politcs in the face of environmental racism experienced by the community.

• português

  O presente estudo reconhece e valoriza múltiplas formas de conhecimento em diferentes contextos sociais e culturais, promovendo diálogos interculturais ao analisar a vivência formativa a partir da perspectiva freiriana, promovida pelo Projeto Rio Doce Escolar, junto à Comunidade Quilombola do Degredo no município de Linhares/ES. Essa abordagem está pautada na metodologia da pesquisa, com ênfase na História Oral. O estudo destaca a profunda compreensão dos Mestres dos Saberes da Comunidade após o rompimento da barragem da mineradora Samarco no município de Bento Rodrigues, em Mariana/MG, que atingiu toda a extensão do Rio Doce, de Minas Gerais à foz do Rio Doce, onde se localiza o território Quilombola. Os resultados apontam para a necessidade de reconhecer e valorizar as muitas vozes que anunciam os saberes tradicionais das comunidades quilombolas no enfrentamento do racismo ambiental. Essa luta se dá a partir da interconexão entre justiça climática, racial e social, enfatizando a importância de incluir múltiplas vozes nas tomadas de decisão, debates e políticas ambientais frente ao racismo ambiental sofrido pelas comunidades.